São Paulo, Brasil
De maneira discreta, Rogério Ceni perdeu, nestes últimos dias, um grande protetor.
Aos 67 anos, Muricy Ramalho se afastou do cargo de coordenador técnico do São Paulo.
Por um motivo preocupante.
Sua arritmia cardíaca, que fez com que abandonasse a carreira de treinador, voltou a se manifestar.
Não tão forte, como em 2016, que obrigou a internação hospitalar, quando era técnico do Flamengo.
Mas teve de se submeter a exames.
E passa por um período descansando em casa.
Desde que assumiu como coordenador, Muricy Ramalho teve muito trabalho.
Enfrentou crises com Fernando Diniz, Hernán Crespo e nos últimos anos, com Rogério Ceni.
Muito firme, ele sempre defendeu os técnicos com unhas e dentes.
Assim como os criticados jogadores do São Paulo, nestes dois anos.
Ele cumpriu a promessa feita a família, mesmo com o clube sem treinador, ele não aceitou voltar. Nem interinamente. Para preservar sua saúde.
O primeiro jornalista a informar o afastamento de Muricy foi Marcio Spimpolo, da Rádio Transamérica.
Muricy é uma das poucas pessoas com quem Rogério Ceni se abre, conversa e ouve, no São Paulo Futebol Clube.
Muito respeitoso, o ex-treinador tetracampeão brasileiro, foge das entrevistas como coordenador.
"Faço isso para deixar o técnico falar. É ele quem tem de ter liberdade para explicar suas ideias. Estou aqui para apoiar, ajudar o treinador do São Paulo. É um trabalho interno."
Rogério Ceni está sentindo a falta do escudo de Muricy.
Ainda mais nestes dias tão tensos.
Até porque como o blog publicou, nesta manhã, cresce o nome de Dorival Júnior para substituir Ceni.
É o principal assunto da direção nesta tarde de terça-feira.
Horas antes da partida contra Puerto Cabello, pela Sul-Americana...
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