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CBF vai 'vazando' possíveis nomes para substituir Tite. Jesus, Abel, Castro. Agora, o italiano Carlo Ancelotti

O presidente Ednaldo Rodrigues está acompanhando a reação da mídia aos nomes. Ele não quer reações contrárias que levem pressão ao time, à CBF. Em comum, só o fato de serem estrangeiros

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Ancelotti. Currículo espetacular. Treinador de Vinicius Junior, Militão e Rodrygo
Ancelotti. Currículo espetacular. Treinador de Vinicius Junior, Militão e Rodrygo Ancelotti. Currículo espetacular. Treinador de Vinicius Junior, Militão e Rodrygo

Doha, Catar

"Vou ouvir quem muita gente.

"Mas a escolha será minha.

"Eu não abro mão de escolher."

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Essa é a postura pública do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Só quem o conhece, de perto, sabe sua maneira de agir.

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Ele é um conciliador.

Não ficou 17 anos na presidência da Federação Baiana de Futebol brigando com os dirigentes de clubes. Não, ele costuma acumular aliados. 

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E a escolha do sucessor de Tite, que fracassou em duas Copas do Mundo, seguirá esse caminho.

Mas Ednaldo não quer ter contra a opinião pública.

Ele já entendeu que a mídia brasileira, como um todo, deseja que um treinador com vivência internacional, moderno taticamente, assuma o comando do time pentacampeão.

Ednaldo já era vice da CBF quando viu o ex-presidente Marco Polo del Nero passar por grande vexame quando o espanhol Xavi se recusou a ser auxiliar de Tite nesta Copa e assumir a Seleção em 2023.

O combinado entre Marco Polo e Xavi era manter a conversa em segredo. Até porque Tite jamais imaginou ter o catalão ao seu lado.

Só que Xavi contou para um jornalista do AS, jornal espanhol. E a notícia se alastrou. O ex-jogador conseguiu se valorizar em cima da Seleção Brasileira. Acabou assumindo o Barcelona.

Ednaldo, muito esperto, está fazendo o contrário.

Em conta-gotas, nomes de treinadores que ele analisa para o cargo são 'vazados' para a mídia.

Há uma pesquisa informal da opinião pública.

Dos jornalistas.

Ednaldo quer escolher um 'homem de confiança', que aceite situações longe do ideal, como amistosos com equipes fracas, por conta do dinheiro oferecido. 

Mas também alguém que conte com o apoio da maior parte da mídia brasileira.

Porqueele enfrentará a xenofobia, a aversão a treinadores estrangeiros.

Já vazaram os nomes de Abel Ferreira, técnico do Palmeiras. Jorge Jesus, do Fenerbhaçe, Luis Castro, do Botafogo. Até mesmo Fernando Diniz, do Fluminense, que jamais ganhou um título na elite do futebol nacional.

Xavi acabou usando a negativa para a Seleção Brasileira. Se valorizou e assumiu o Barcelona
Xavi acabou usando a negativa para a Seleção Brasileira. Se valorizou e assumiu o Barcelona Xavi acabou usando a negativa para a Seleção Brasileira. Se valorizou e assumiu o Barcelona

Desde ontem, aqui no Catar, se fala sobre Carlo Ancelotti. 

Aos 63 anos, ele é tem um dos melhores currículos da história como técnico. Se não for o melhor.

Conquistou quatro Champions League. Bicampeão mundial de clubes. E único campeão em cinco ligas diferentes: italiana, inglesa, espanhola, alemã e francesa.

Dos nomes lançados pela mídia, esse é o que chega muito perto da unanimidade.

Há grandes obstáculos.

Ele já recusou três vezes convites para dirigir a Seleção Italiana.

Recebe cerca de R$ 5,1 milhões por mês.

Tem contrato até o final da temporada europeia, junho de 2023.

Ele é o atual técnico de Vinicius Junior, Rodrygo e Militão. Todos não se cansam de valorizá-lo. E têm motivos.

O futebol do trio cresceu demais sob seu comando.

E também o consideram o melhor técnico com quem já trabalharam.

O nome de Ancelotti se espalhou como pólvora aqui no Catar.

Na CBF como era esperado, ninguém confirma.

Porque há tempo.

Ednaldo vai esperar até janeiro.

Não quer se antecipar, porque não precisa.

Os primeiros jogos do Brasil em 2023 só acontecerão em março, quando está previsto o início das Eliminatórias. Elas serão ainda menos competitiva do que já são. Das dez seleções, seis se classificarão direto para o Mundial dos Estados Unidos. E a sétima seleção jogará a repescagem. 

Ednaldo Rodrigues acabou aprendendo com Tite a não se empolgar com os primeiros lugares nas Eliminatórias. Elas são tão fáceis para o Brasil que o novo treinador poderá disputá-la e ao mesmo testar jogadores.

Serão novamente 18 partidas das Eliminatórias Sul-Americanas.

Estão previstos dois jogos em março.

Não há motivo para que o novo técnico esteja necessariamente trabalhando nestas partidas.

Ou seja, há prazo para esperar por Ancelotti, Guardiola, Mourinho, Klopp.

Seja quem for.

Mas Ednaldo quer ter a certeza que o técnico aceitará, antes de fazer o convite formal.

Por enquanto, analisa a reação dos nomes 'vazados' para a mídia...

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