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CBF pressiona. Mas Ancelotti segue firme. Não quer renovar contrato antes do final da Copa de 2026. Sabe o peso que novo fracasso teria para o Brasil. ‘Não há pressa’, ironiza

O presidente Samir Xaud já falou abertamente. Quer o italiano até 2030, seja qual for o resultado na Copa do próximo ano. Ancelotti, brinca, disfarça, ironiza. Mas só vai falar sério após o Copa dos EUA

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Ancelotti ironiza. Fala em contrato mais barato antes da Copa. Mas dinheiro nunca foi problema. Para ele e muito menos para a CBF Rafael Ribeiro/CBF

A Gazzeta dello Sport é um jornal muito respeitado no mundo.

Principal periódico esportivo da Itália.


Foi às bancas pela primeira vez em 1896.

Suas páginas são cor de rosa por conta de economia.


É mais barato imprimir colorido do que branco.

O rosa virou sua marca registrada.


E com credibilidade centenária publicou o salário de Carlo Ancelotti, como treinador da Seleção Brasileira.

São 9,5 milhões de euros por ano.


Nada menos do que R$ 58,4 milhões por 12 meses.

São R$ 4,8 milhões por mês.

Se o Brasil for campeão mundial, terá direito a um bônus de 5 milhões de euros, cerca de R$ 30,7 milhões.

Dinheiro deixou há muito tempo de ser problema para o técnico.

O site especializado em fortunas de famosos, Celebrity Net Worth, garante que o treinador tem o patrimônio de, pelo menos, 50 milhões de dólares, cerca de R$ 284 milhões.

Aos 66 anos, Ancelotti foi muito claro em uma entrevista recente a repórteres italianos. Disse que decidiu assumir a Seleção Brasileira ‘só para a Copa de 2026, para se aventurar’.

Ele quis conhecer como é dirigir o selecionado mais vencedor da história do futebol mundial. Foi uma ‘queda para cima’, já que o Real Madrid não quis seguir com ele e seu contrato foi rescindido.

O compromisso com o Brasil tem data para terminar. Com o final do Mundial nos Estados Unidos, em julho do próximo ano.

Mas a cúpula da CBF percebeu o quanto a chegada do treinador mais vencedor da história do futebol foi importante. Tranquilizou imprensa, opinião pública. Travou a dependência de Neymar.

Todo o acordo com Ancelotti foi feito pelo ex-presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Assim que Xaud assumiu o cargo em maio deste ano, já ofereceu ao treinador italiano a renovação até 2030.

Ancelotti disse não. Prefere esperar o resultado da Copa. E também, questão que não fala abertamente, a decisão de sua família.

Presidente da CBF, Samir, e Ancelotti. A camisa 10, que 'era de Neymar', é do treinador. Imagem simbólica Rafael Ribeiro / CBF

Para quem não sabe, ele mora no Canadá.

Há a possibilidade dele encerrar a carreira.

Ou voltar a trabalhar em um gigante europeu.

Renovar, por um ciclo de mais quatro anos, no Brasil, não é, atualmente, a maior possibilidade. Pelo contrário.

Principalmente se a Seleção fracassar nos Estados Unidos.

Ele sabe muito bem que o seu período com o time é muito curto para a Copa. Há selecionados entrosados, como a Espanha, França, Argentina, Holanda, Inglaterra.

Mas Ancelotti tem muito orgulho desta insistência brasileira para a renovação de contrato antecipada.

E brinca, sempre que é perguntado, sobre o assunto.

Como hoje, na França.

“Não conversamos, mas é possível, sim. Me sinto muito bem aqui, não tenho outras ideias que não seja a do momento com o Brasil. Para seguir, temos que querer os dois, a CBF e eu.

“Não temos pressa para fazer, mas se a ideia for seguir não tem problema.

“A verdade é que o contrato antes do Mundial é mais barato e depois pode ser muito mais caro.”

Ancelotti sabe que, se levantar o dedo indicador da mão direita, teria um contrato até 2030 para assinar com a CBF.

Ele é quem não quer.

Multimilionário, vai analisar com calma, tudo o que viver na Copa.

Vitória, fracasso...

E pensar na família.

Analisar as propostas que deverão chegar, há até a chance de a Seleção Italiana pedir seus serviços, e só então decidir.

Dinheiro é o último item a ser levado em consideração.

Há muito tempo deixou de ser problema na sua vida...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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