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CBF enrolou a Globo. Esperou o sorteio das oitavas da Copa do Brasil. Agora cobra, R$ 700 milhões por ano, pela transmissão

A CBF agiu com frieza, inteligência. Só abriu a venda da transmissão da Copa do Brasil de 2023 em diante, depois do empolgante sorteio de hoje das oitavas. Globo, em crise financeira, analisa o que fazer

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


Globo, em crise financeira, terá de pagar, no mínimo, o dobro pela Copa do Brasil. R$ 700 milhões por ano
Globo, em crise financeira, terá de pagar, no mínimo, o dobro pela Copa do Brasil. R$ 700 milhões por ano

São Paulo, Brasil

Não há nada de ingênuo na dose de adrenalina na Copa do Brasil.

O sorteio de hoje, misturando todos os clubes, para proporcionar atraentes confrontos 'sangrentos' pela sobrevivência, tem algo muito capitalista por trás.

O aumento substancial na venda dos direitos de transmissão da competição.

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A cúpula da CBF agiu de forma absolutamente maquiavélica, muito inteligente.

Desde janeiro, a entidade está 'enrolando' os interessados no torneio.

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2022 é o último ano da Globo.

Ele vem desde 2018.

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A emissora carioca se comprometeu a pagar R$ 350 milhões pelos jogos.

Só que, no final de 2021, houve a ordem da cúpula para que repasse a interessados algumas partidas. E foi assim que, por R$ 100 milhões, a Amazon passou a dividir as transmissões desse ano.

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A Globo vem tentando renovar o contrato de transmissão da Copa do Brasil desde janeiro.

Mas a CBF segue adiando, postergando, enrolando.

A entidade seguiu essa estratégia por seis meses.

Até o sorteio de hoje, das oitavas de final.

Flamengo e Atlético Mineiro

Palmeiras e São Paulo

Corinthians e Santos

Fluminense e Cruzeiro

Fortaleza e Ceará

Goiás e Atlético Goianiense

Athletico Paranaense e Bahia

América Mineiro e Botafogo

Sorteio provocou clássicos e confrontos 'sangrentos'. Nada por acaso. A Copa do Brasil custa agora mais caro
Sorteio provocou clássicos e confrontos 'sangrentos'. Nada por acaso. A Copa do Brasil custa agora mais caro

Jogos emocionantes, valendo a classificação para as quartas de final. 

E R$ 3,9 milhões livres nos cofres.

Além do que cada clube arrecadará jogando em casa.

Os quatro semifinalistas já embolsarão R$ 8 milhões.

Os finalistas, mais R$ 25 milhões.

E ao campeão a grande premiação, R$ 60 milhões.

Agora, sim, é o momento ideal para a CBF vender os direitos da Copa do Brasil.

Em janeiro, a entidade já dava indícios do que deseja.

Pelo menos R$ 700 milhões por temporada.

A quantia é altíssima e assusta a Globo.

O SBT surge como segundo interessado.

Mas já antecipando as dificuldades financeiras da emissora carioca, a CBF tem outra carta na manga.

Fazer como a Federação Paulista de Futebol.

E pulverizar a transmissão.

Ou seja, vender uma cota para a tevê aberta. Outra para a tevê fechada. Outra para o pay-per-view. E, a derradeira, para a Internet.

O sorteio aberto das oitavas, com qualquer dos 16 clubes podendo se enfrentar, independente do caminho nas primeiras fases, foi excelente estratégia.

A emoção dos jogos é garantia de audiência.

Agora é a hora de articular a venda da transmissão dos próximos anos.

Para cobrar, no mínimo, o dobro dos atuais R$ 350 milhões.

R$ 700 milhões.

Pelo menos...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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