‘Campo de plástico, não!’ Bap. ‘O dia que o Flamengo tiver estádio, coloca o gramado que quiser! E eu também tenho o meu estádio’, ironiza Leila Pereira. Guerra vai seguir em 2026
Paz entre os presidentes do Flamengo e do Palmeiras acabou. Bap procurou a CBF e quer uma padronização dos gramados, com a proibição dos sintéticos. Só que a briga é inglória. A Fifa permite
Cosme Rímoli|Do R7

Acabou o armistício, a trégua.
A guerra entre os bilionários Flamengo e Palmeiras recomeçou.
E ontem aconteceu apenas uma prévia de 2026.
Os dois clubes lutam para o domínio do futebol da América do Sul.
Independente de o clube carioca ter vencido a Libertadores e o Brasileiro, a equipe paulista foi a vice nas duas competições. E, com dinheiro, vai buscar contratações.
Os dois clubes já disputam o colombiano Arias, que foi do Fluminense e que hoje está à venda pelo Wolverhampton.
Empresários sabendo do faturamento de R$ 2 bilhões do Flamengo em 2025 e de R$ 1,7 bilhão do Palmeiras, os clubes se tornaram primeiras opções em vendas de atletas.
Nos bastidores, Luiz Eduardo Baptista e Leila Pereira buscam aliados na busca do domínio da Libra, Liga Brasileira de Clubes de Futebol.
Até porque o Flamengo quer mais dinheiro na divisão da transmissão dos jogos do Brasileiro, por parte da Libra.
Além destes conflitos há o desejo de ambos de obter maior influência da CBF.
Mas enquanto essas batalhas seguem silenciosas, o gramado sintético do Allianz Parque virou alvo de Bap.
O Flamengo entrou com uma representação oficial na CBF, exigindo a padronização dos gramados nas competições nacionais, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.
E que os gramados sintéticos desapareçam até 2027.
O presidente rubro-negro aproveitou todos os holofotes da premiação dos melhores do Brasileiro, na festa promovida pela CBF, no Rio de Janeiro. E tratou de atacar, sem meias palavras, a postura do Palmeiras.
“Não defendo só a padronização do gramado. Nós temos feito uma campanha importante contra o gramado de plástico. Ano que vem serão 18 estádios, seis deles com gramado sintético. Não existe nada disso na Europa e na América do Sul.
“A gente fica importando ideias de países que têm dez meses por ano de gelo. Em um campo desses você não joga futebol. É uma vergonha que a gente aceite isso no Brasil. Vamos trabalhar abertamente contra isso — não só pela padronização dos gramados, mas pelo campo em que jogamos.
Campo de plástico, não!
“Essa é a posição do Flamengo!”
Ele não se contentou com o espanto dos repórteres que o cercavam.
Foi além.
“Quem pensa em ganhar dinheiro fazendo shows deveria trocar de negócio.
“Saia do futebol e vá viver de show business, não tem problema.
“Mas achar que o futebol precisa de um campo de plástico porque vai fazer show? Nós não concordamos.”
O blog apurou com conselheiros ligados à Leila.
Ela se surpreendeu com o pedido oficial do Flamengo à CBF. Acreditava que a convivência seria melhor depois da reaproximação dos dirigentes, na véspera da final da Libertadores, em Lima.
Ficou irritadíssima.
Mas não deixou Bap sem resposta.
“Se a atual gestão do Flamengo, comandada pelo presidente Bap, estivesse realmente preocupada com a qualidade dos gramados do Brasil, o campo do Maracanã não seria tão ruim quanto é.
“Aliás, o Flamengo, no dia em que tiver um estádio próprio, pode instalar nele o tipo de gramado que quiser. O Palmeiras tem estádio próprio e optou por colocar um gramado artificial.
E a bilionária também ironizou.
Esnobou o Flamengo que não tem sua própria arena.
“Eu também tenho um estádio, a Arena Crefisa Barueri, e decidi pela implementação do piso sintético.
“O mais importante é respeitarmos as regras da FIFA e a integridade física dos atletas, sem clubismo e sem fake news.”
Leila arrendou a Arena Barueri por 30 anos.
Pagou R$ 70 milhões.
Por falar em dinheiro, Bap até hoje não se conforma de a Crefisa, empresa de Leila, ter emprestado R$ 80 milhões ao rival no Rio de Janeiro, o Vasco.
Essa briga entre Palmeiras e Flamengo será ferrenha em 2026...
