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Cosme Rímoli - Blogs

Botafogo atravessa São Paulo e Vasco. Venda de Jair, ao Nottingham Forest, faz Textor novo parceiro de bilionário grego. Ambos estão prestes a acordo envolvendo a busca de jovens promessas

A venda de Jair por R$ 76 milhões é o primeiro passo da aproximação de John Textor de Evangelos Marinakis. Americano e grego analisam parceria para buscar garotos talentosos do futebol sul-americano

Cosme Rímoli|Do R7

Jair. Zagueiro talentoso, forte nos cabeceios e antecipação. Apenas 20 anos Vitor Silva/Botafogo

Marcelo Teixeira não tem nada de ingênuo.

Nem John Textor.

Muito menos Evengelos Marinakis.

Todos são bilionários.


E estão umbilicalmente unidos na venda de Jair ao Nottingham Forest por R$ 76 milhões.

A arquitetura da negociação foi digna de grandes empresários.


Jair é um dos melhores zagueiros que surgiu na Vila Belmiro, nos últimos anos.

1m98, destro, ótimo no cabeceio, veloz nas antecipações. Inteligente para sair jogando, com a bola nos pés.


Talhado para o futebol europeu.

Teixeira fez leilão com o jogador.

Porto e Botafogo travaram disputa, euro a euro.

Textor acabou bancando os 12 milhões de euros exigidos por Marcelo Teixeira. E cedeu, discretamente, Tiquinho.

O pagamento garantido dos R$ 76 milhões selou a disputa.

Dinheiro mais que necessário já que a folha salarial na Vila Belmiro teve um salto enorme, com a contratação de Neymar, beirando os R$ 34 milhões, contabilizados os R$ 21 milhões que o clube se comprometeu mensalmente com seu camisa 10.

E qual o motivo de John Textor vender Jair, quatro meses depois de contratá-lo, pelos mesmos R$ 76 milhões, para o Nottingham Forest?

Sem lucro.

Por que Jair é apenas uma peça na combinação entre o norte-americano e o bilionário Evangelos Marinakis.

Ele é dono do clube inglês, além do Olympiacos, na Grécia, e Rio Ave, em Portugal.

Desde o início do ano passado, Marinakis estuda entrar no futebol brasileiro.

A direção do Vasco ofereceu o clube, tentou convencê-lo a se tornar dono do futebol, assumindo uma nova SAF, depois do fracasso da 777 Partners.

O presidente do São Paulo, Julio Casares, não se fez de rogado.

Foi atrás também de Marinakis.

E ofereceu uma parceria envolvendo os garotos da base do clube paulista.

O grego não deu resposta definitiva nem para o Vasco e muito menos para o São Paulo.

Mas com Textor, a empatia foi muito maior.

Os dois são bilionários investidores.

Não são brasileiros.

Donos de clubes de futebol.

Textor tem o Botafogo, o Lyon e o RWD Molenbeek, da Bélgica.

Ambos enxergam o mercado sul-americano como muito promissor.

O acordo que, está muito próximo de se concluir, é centralizar nas categorias de base do Botafogo, jovens promessas que podem ser vendidas na Europa.

Algo como Casares buscava fazer.

Textor prometeu se afastar do Lyon, por conta de uma ferrenha briga com a Liga Francesa, que exige a injeção de R$ 1,2 bilhão, para tentar fugir do rebaixamento.

Não há garantias financeiras que o clube possa se sustentar na Primeira Divisão Francesa.

O norte-americano garantiu que centralizará sua atenção no clube carioca. Daí a dispensa do técnico Renato Paiva, depois da eliminação do Mundial.

E a tentativa real de fechar o acordo com Marinakis.

A venda fechada de Jair foi o primeiro passo.

Botafogo e Nottingham Forest podem também se tornar prioridades nas negociações de atletas formados.

Textor está conseguindo ‘atravessar’ o São Paulo e o Vasco.

Ele é bilionário.

Mas o dinheiro do magnata grego é mais do que bem-vindo.

A expectativa é que a parceria seja anunciada em muito breve...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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