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Cosme Rímoli - Blogs

Barcelona encarou a Champions, de luto. Sem Messi. Bayern goleou na Catalunha. 3 a 0

Na primeira partida do Barcelona na Champions sem Messi, o vexame. Não conseguiu dar um chute que fosse ao gol de Neuer. Em pleno Camp Nou. 3 a 0 foi muito pouco para os alemães

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Bayern não tomou conhecimento do pobre Barcelona, em plena Espanha
Bayern não tomou conhecimento do pobre Barcelona, em plena Espanha

São Paulo, Brasil

"El Bayern da um baño de realidad al Barça"

O Bayer dá um banho de realidade no Barça

( Jornal Mundo Deportivo, Barcelona)


Baño al Barça

Banho no Barça


( Jornal As, Madrid)

Barça ist für Bayern kein Gegner mehr!


Barça não é mais adversário para o Bayern!

(Jornal Bild Zeintung, Berlim)

Mais humilhante do que as manchetes dos jornais na Espanha e na Alemanha, só a torcida do Barcelona vaiando o treinador holandês Ronald Koeman, abandonando o estádio antes do final da partida contra o Bayern, irritada de saudade de Lionel Messi.

O resumo da situação do Barcelona saiu dos lábios de Piqué.

"Es lo que hay..."

Em bom português, 'é o que temos'.

"No quiero buscar excusas, pero la gente sabe lo que HABÍA DISPONIBLE. Y es complicado jugar así con el Bayern." Koeman

"Não quero buscar desculpa, mas o povo sabe o que havia disponível (no elenco do Barcelona). E é complicado jogar assim contra o Bayern", assumiu o treinador.

A vitória dos alemães por 3 a 0, em pleno Camp Nou, deixou evidente a diferença entre os dois gigantes europeus.

Enquanto o Bayern conseguiu manter sua eficiente máquina de jogar futebol, com o treinador Julian Nagelsmann, de apenas 33 anos, o Barcelona segue sem rumo, por conta de problemas administrativos e que culminaram na saída do melhor jogador do mundo, Messi, que foi para o PSG.

O confronto foi desigual. O Bayern transformou o Barcelona, no seu estádio, em um time pequeno
O confronto foi desigual. O Bayern transformou o Barcelona, no seu estádio, em um time pequeno

O luto esteve presente no confronto de hoje, na primeira rodada de grupos da Champions.

O Barcelona 'renovado' simplesmente deu cinco chutes para o gol de Neuer. Nenhum chegou sequer a ir para a direção das traves. Todos foram fora. 

O Bayern, atuando fora de casa, deu 12 chutes. 

Sete foram ao gol de Ter Stegen.

Três entraram.

Thomas Muller marcou o primeiro gol. E, claro, Lewandowski marcou os outros dois, já brigando mais uma vez pela artilharia da Champions.

Já há medo entre os torcedores catalães que o time espanhol corra sério risco de eliminação. O time enfrenta o Benfica, em Lisboa, na segunda rodada, um nova derrota pode ser péssima pela luta para a classificação às oitavas-de-final.

Situação constrangedora.

O ressentimento dos torcedores do Barcelona se explica. O 3-5-2 de Koeman não funcionou. O time se mostrou lento, inseguro, espaçado, sem coordenação. O Bayern dominou, sem o menor esforço, as intermediárias.

Travou as laterais. 

E Nagelsmann fez o time alemão marcar alto, jogar como se enfrentasse um pequeno, e não o tradicional Barcelona, em plena Catalunha.

As triangulações, a movimentação constante, a firmeza, a força física, a personalidade, o entrosamento de grandes jogadores se impuseram no time alemão.

Foi impressionante como o Barcelona não teve forças para impedir os ataques em bloco alemães.

O primeiro gol já demonstrava a disparidade tática, o quanto os espanhóis estavam mal distribuídos em campo. Thomaz Müller teve toda a liberdade para bater para o gol da intermediária. O chute, caprichoso, desviou em Eric García, deixando o excelente Ter Stegen parado.

1 a 0, Bayern.

Não havia Lionel Messi para colocar a bola embaixo dos braços e exigir a reação dos companheiros. E ser o primeiro a enfrentar, com dribles, o canavial de canelas alemãs fechando a intermediária.

Esperar o quê de Pedro, de Frenkie de Jong, de Philippe Coutinho, de Demir?

O atual Barcelona carece do que se acostumou, por 17 anos, a ter a genialidade de Messi.

Daí, a firmeza objetividade bávara se impor.

No segundo tempo, o domínio do Bayer só fez aumentar.

Abatidos, os jogadores do Barcelona não apelavam nem para as faltas.

O toque de bola alemão era eficiente, objetivo e cruel.

Logo aos seis minutos, Lewandowski e Sané tabelaram e o alemão obrigou Ter Stegen a excepcional defesa.

Mas aos dez minutos, o inevitável.

Musiala se deslocou e recebeu livre. Deu um chute forte, colocado, a bola beijou a trave e procurou por ele, Lewandoski. 2 a 0, Bayer, aos dez minutos.

O jogo estava decidido.

Os torcedores catalães, sem esperança, em vez de incentivar seu time, vaiavam Koeman e a falta de perspectiva de um time formado por jogadores sem o mínimo de talento, personalidade, vibração.

Lewandowiski marcou dois gols. Poderia ter feito mais. Atuação constrangedora do grande Barcelona
Lewandowiski marcou dois gols. Poderia ter feito mais. Atuação constrangedora do grande Barcelona

O Bayern seguiu frio, calculista. Sabia que tinha vencido a partida. Diminuiu o ritmo, administrou, saboreou os três pontos. E havia espaço para mais um gol. E ele veio. Desta vez foi Gnabri quem chutou na trave. Foi o mesmo Lewandoski que driblou, de forma humilhante, Piqué. E chutou para as redes. 

Clássico 3 a 0.

Está muito claro o destino destes dois gigantes na Champions de 2021/2022.

O Bayern lutará pelo título.

E o Barcelona seguirá seu luto por Lionel Messi...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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