Banimento, demissão sumária. E risco de prisão. O preço por gestos racistas de um torcedor do Botafogo. O Brasil dá exemplo à Espanha
Não demorou nem 24 horas. O torcedor que fez gestos racistas para a torcida do Palmeiras, ontem no estádio Nilton Santos, foi reconhecido. O Botafogo o baniu para sempre do seu estádio. E o excluiu do plano de sócio-torcedor. Ele também perdeu seu emprego
Cosme Rímoli|Do R7
Vinicius Ramos.
O Botafogo fez questão de divulgar nome e sobrenome.
A pessoa que vestia a camisa deste clube gigante brasileiro a desonrou.
Vinicius tomou atitudes criminosas, ontem, no estádio Nilton Santos, onde Botafogo e Palmeiras se enfrentavam.
Seus gestos foram desprezíveis.
Como estava provocando torcedores negros, ele decidiu apelar para o racismo.
Primeiro, imitou gestos de macaco.
Depois, mostrou a sua pele branca, a comparando com a negra dos palmeirenses.
Seus gestos foram filmados e divulgados ontem mesmo nas redes sociais.
A direção do Botafogo não perdeu tempo.
E tratou de identificá-lo graças à biometria facial.
A decisão pelo banimento eterno do estádio Nilton Santos foi rápida.
Assim como excluí-lo do quadro de sócios-torcedores.
Seu nome e números de documentos foram passados para a Polícia Civil.
Racismo no Brasil é crime.
Vinicius deve ser processado judicialmente.
E pode ter de cumprir pena entre dois e cinco anos.
Ele trabalhava na prefeitura de Maricá, na Secretaria de Ciência da Tecnologia.
Trabalhava, porque foi demitido sumariamente.
Embora o dono do futebol do Botafogo, John Textor, e a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, estejam rompidos, a cúpula do clube paulista gostou muito da atitude do rival carioca.
A Espanha já acompanhou diversos atos de racismo.
Principalmente contra Vinicius Júnior.
Mas as atitudes sempre foram paliativas, débeis, frágeis.
E que só incentivaram racistas.
O que a direção do Botafogo fez foi perfeito.
Pessoas que apelam para o racismo precisam ser banidas da sociedade.
Que o exemplo chegue até a Federação Espanhola...
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