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Augusto Melo prometeu que não teria mais nenhum 'Luan' no Corinthians. Saída constrangedora de Rojas, pior que Defederico, é prova

Meia paraguaio foi orientado pelo empresário a ir embora do Corinthians. Por falta de pagamento. Diretoria sabia que tinha a obrigação de pagar R$ 42,6 milhões. Pode ter sido estratégia para rescisão

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


Matias Rojas soube que seria reserva. Garro e Coronado teriam a preferência. Foi embora
Matias Rojas soube que seria reserva. Garro e Coronado teriam a preferência. Foi embora Corinthians

São Paulo, Brasil

Agustín Pelletieri foi o homem que articulou a chegada de Matias Rojas ao Corinthians.

E também quem decidiu por sua 'fuga'.

O jogador paraguaio era ídolo do Racing.

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Mas seu contrato terminaria no final de 2023.

Pelletieri tratou de oferecê-lo ao Internacional, ao Vasco, ao Palmeiras e ao São Paulo.

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Os clubes analisaram detalhadamente o futebol do meia canhoto.

Viram qualidades no jogador de 28 anos.

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Mas não suficiente para pagar cerca de 8 milhões de dólares, cerca de R$ 42,9 milhões por quatro temporadas, entre luvas, direito de imagem e salários.

Só o presidente Duilio Monteiro Alves foi convencido que valeria a pena.

Tinha o aval de Vanderlei Luxemburgo.

Seria o 'camisa 10', que tanto o Corinthians precisava.

Mas nos lances que Duilio viu e desfrutou com Luxemburgo, não aparecia a personalidade retraída e egocêntrica de Rojas.

Acostumado a ser tratado como estrela no competitivo clube argentino, chegou no Corinthians vivendo uma enorme crise, com real medo de rebaixamento.

Pressionado a ser o 'maestro' do meio de campo, jogador capaz de ditar o ritmo do time. Atleta que nunca foi.

Acabou na sombra do veterano, e que acumulava contusões, Renato Augusto.

Cobrado, não rendeu.

Foram 30 jogos, 15 como titular, 15 como reserva. Só três assistências a gol.

Luxemburgo, Mano Menezes e António Oliveira ficaram decepcionados com seu futebol.

Houve várias conversas particulares que não adiantaram.

Os três treinadores perguntaram várias vezes como ele 'gostaria de jogar'.

Canhoto, jogou pela direita.

Depois, pelo meio, como estava acostumado.

Pelo meio, mais à frente, perto dos atacantes.

Pelo meio, mais atrás, como terceiro volante.

Pela esquerda.

Teve os privilégios das faltas e escanteios.

Os resultados foram pífios.

Embora os companheiros de time, principalmente os estrangeiros, tentassem animá-lo, Rojas se isolava. Estava evidente seu desconforto.

Nos últimos jogos com a camisa do Corinthians, ele ouviu vários torcedores o vaiarem, xingarem e o compararem a Matías Defederico.

Em conversas com António Oliveira percebeu o que era mais do que óbvio: seria reserva.

Garro e Igor Coronado teriam a preferência do treinador.

O presidente Augusto Melo, que herdou a contratação de Duílio Monteiro Alves, soube que, se o paraguaio ficasse até o final de seu contrato, ele receberia R$ 42,9 milhões.

Melo foi um dos maiores críticos de Luan. O meia que foi contratado do Grêmio foi um fracasso.

E o Corinthians teve de ficar pagando para que ele apenas treinasse, por cerca de um ano, somados os períodos que ficou encostado.

O clube já devia R$ 5 milhões ao paraguaio.

A direção fez um acordo em janeiro. E, por escrito, deixou claro que, se o Corinthians atrasasse de novo, o atleta poderia deixar o clube.

Foi o que aconteceu.

O dinheiro não chegou ao paraguaio.

E ele fez suas malas e foi embora, sem treinar, na quinta-feira.

Recebeu ordem de seu empresário, ao saber que o dinheiro não havia sido depositado.

O destino correto, ninguém tem prova.

Conselheiros falam em Paraguai, Argentina e até Arábia.

A ameaça é clara.

Ele procurar a Fifa por quebra de contrato.

Falta de pagamento.

O que poderia até impedir o Corinthians de contratar atletas.

O famoso tranfer ban.

A direção aproveitou para anunciar aos quatro ventos que Rojas não jogará mais no Corinthians.

Nunca mais vestirá a camisa do clube paulista.

A tentativa de um acordo com o empresário do jogador está sendo feita.

A perspectiva era que fosse anunciado a rescisão ontem.

Matias Defederico fez 40 jogos no Corinthians.

Marcou três gols.

Rojas, 30 partidas, nenhum gol.

A situação é constrangedora.

E expõe o Corinthians com mal pagador.

Como também não contratar muito mal...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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