São Paulo, Brasil
Mais de 600 milhões em dívidas.
Morumbi bem distante da versatilidade das modernas arenas construídas para a Copa do Mundo de 2014.
Impossibilidade financeira de montar elencos poderosos.
Pressão dos conselheiros para melhoria do time e do clube.
Cobrança das organizadas.
Potencial de crescimento menor que Palmeiras, Atlético e Flamengo.
Todos esses fatores explicam a briga insana pelo presidente Julio Casares em separar o futebol do clube social.
Ele formou um Comitê que estuda como sacramentar oficialmente a dramática divisão.
Casares está buscando desde o ano passado não mais patrocinadores.
Mas investidores dispostos a virarem donos do futebol do São Paulo.
Transformar o clube em uma Sociedade Anônima de Futebol, como o Cruzeiro e o Botafogo.
Para o dirigente a situação é a única saída factível para poder montar grandes times e conquistar títulos importantes. Com mais de R$ 600 milhões em dívidas, tudo está travado.
Patrocinadores apenas amenizam, não resolvem as dificuldades.
Conselheiros ouvem que, se o Cruzeiro, há dois anos na Segunda Divisão, valeu R$ 400 milhões, o futebol do São Paulo pode valer pelo menos o dobro, R$ 800 milhões para investidores. Casares trabalha com um número menor. R$ 600 milhões.
A questão é delicada.
Há resistência.
Principalmente de conselheiros mais velhos, que não querem que o São Paulo tenha dono.
A possibilidade de venda tem de ser aprovada por conselheiros e sócios.
Casares trabalha com a certeza que tudo acontecerá ainda este ano.
Mas membros da oposição lembram que ele teve uma derrota histórica no dia 24 de janeiro, ao tentar aprovar a possibilidade de reeleição.
Portanto, vários desses conselheiros que trabalharam contra Casares já se postam de maneira radical à possibilidade de o São Paulo virar SAF.
A briga nos bastidores já começou.
Casares nomeou um comitê para dar o primeiro passo para a SAF: tratar da separação do clube social do futebol. São três pessoas da situção, o advogado tributarista Julio Di Pietro e os membros do Conselho Administrativo Adilson Alves Martins, José Alberto dos Santos e Vinícius Medeiros Leite.
A batalha vai ser dura...
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