Cosme Rímoli Atlético Mineiro avassalador. O melhor time do Brasil goleou o Athletico por 4 a 0

Atlético Mineiro avassalador. O melhor time do Brasil goleou o Athletico por 4 a 0

A equipe de Cuca, em sintonia com sua empolgante torcida, goleou o Athletico na primeira partida final da Copa do Brasil. 4 a 0, no Mineirão. Pode perder até por três gols e ainda assim conquistará a Tríplice Coroa

  • Cosme Rímoli | Do R7

Atlético Mineiro espetacular. Não deu a mínima chance ao Athletico. 4 a 0 foi pouco

Atlético Mineiro espetacular. Não deu a mínima chance ao Athletico. 4 a 0 foi pouco

GILSON JUNIO/W9 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 12.12.2021

São Paulo, Brasil

"Bicampeão... Bicampeão... Bicampeão..."

A confiança da torcida atleticana no Mineirão era total.

53 mil vozes cantando juntas.

Elas sabiam.

O time de Cuca mais do que encaminhou o título que tem tudo para confirmar a Tríplice Coroa. 

E conseguir o bicampeonato da Copa do Brasil.

O Atlético Mineiro, avassalador, deu a maior goleada da história nas finais da democrática competição. Desde o seu início, em 1989.

O campeão do Brasil conseguiu uma vitória marcante de 4 a 0 sobre o campeão da Copa Sul-Americana. 

Pode perder por até 3 a 0, na quarta-feira, em Curitiba, que a conquista do título será atleticana.

A pressão do Atlético Mineiro foi impressionante desde os primeiros minutos da decisão.

Cuca sabia muito bem da necessidade de fazer um resultado amplo no Mineirão. Porque na Arena da Baixada é muito difícil decidir qualquer título contra o Athletico.

E, empurrado por sua vibrante torcida, o Atlético Mineiro assumiu o controle do jogo, com suas linhas adiantadas. Mesmo na penúltima partida da temporada, o preparo físico do time campeão brasileiro segue sensacional. Com toda a intensidade, Allan e Jair garantiam as descidas de Mariano e de Guilherme Arana. 

Zaracho também se mostrava onipresente: ajudando na marcação e também buscando o ataque. Keno vivendo fase fabulosa, com liberdade não só para atuar aberto nas pontas como fazendo questão de buscar o meio, para tabelar ou para chutar a gol.

Hulk, o melhor jogador do Brasil, conseguia abrir espaço no acovardado esquema tático de Alberto Valentim. Diego Costa, que também já seguia se impondo, teve outra vez problemas musculares, dores na coxa direita, e foi substituído por Vargas. 

O Athletico, campeão da Copa Sul-Americana, simplesmente abdicou de buscar vencer. O 3-6-1 era algo fixo demais. Como esquema tático de pebolim. Com seus atletas presos, mas espaçados.

A pressão era inacreditável.

E, aos 20 minutos, o inevitável. Zaracho tentou cruzar e a bola tocou no braço de Léo Citadini, que estava dobrado, aumentando o volume do seu corpo. Pênalti.

Hulk cobrou com convicção.

1 a 0, Atlético Mineiro. 35 gols em 67 partidas. Só na Copa do Brasil, nove partidas, sete gols.

O Atlético seguiu buscando não só a vitória. Mas a goleada. Os jogadores, vividos, perceberam que o rival paranaense não iria reagir.

Foi assim que Keno, outra vez à vontade para fazer o diagonal, cortou da esquerda, driblou dois e bateu forte, cruzado. 2 a 0 Atlético, aos 34 minutos.

Keno segue sua fase maravilhosa. Marcou o segundo gol e foi fundamental na vitória

Keno segue sua fase maravilhosa. Marcou o segundo gol e foi fundamental na vitória

JHONY PINHO/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 02.12.21

O time de Alberto Valentim continuava completamente perdido diante da avassaladora pressão. Por sorte, não tomou mais gols no primeiro tempo.

No intervalo, Valentim tratou de desmanchar o 3-6-1. Tinha de agir. Buscou o 3-4-3. O Atlético de Cuca seguiu no seu 4-4-2 com muita eficiência. Mesmo com seu mais cerebral jogador poupado, o argentino Nacho Fernández. 

Mas bastaram dez minutos, e um erro individual destruiu qualquer esperança paranaense. O veterano Thiago Heleno tentou sair jogando com efeito. Mas acertou o chute na cabeça de Hulk, que dominou, chutou forte, cruzado. Santos, ótimo goleiro, ainda conseguiu espalmar. Mas a bola sobrou para Vargas, substituto de Diego Costa, empurrar para as redes. 

3 a 0.

Os jogadores do Athletico seguiam assustados com o potencial ofensivo do campeão brasileiro.  Ficaria maior com a entrada de Nacho Fernández no lugar de Keno, aos 21 minutos. Bastaram dois minutos do argentino em campo. E outro ataque em bloco. E o Atlético Mineiro marcou incríveis 4 a 0.

O chileno Vargas mostrou seu oportunismo, marcando seu segundo gol e o quarto da equipe de Cuca.

Vargas foi decisivo. Marcou dois dos quatro gols que deixaram o Atlético pertíssimo da Tríplice Coroa

Vargas foi decisivo. Marcou dois dos quatro gols que deixaram o Atlético pertíssimo da Tríplice Coroa

Pedro Souza/Atlético Mineiro

A primeira partida foi um massacre.

Em 33 anos, nenhum finalista abriu quatro gols de diferença.

E com toda a justiça.

Só um milagre tira a Tríplice Cora do time de Cuca.

O vencedor do Mineiro, do Brasileiro.

E deixou mais do que adiantada a conquista da Copa do Brasil...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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