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Atlético já escolhe entre Sampaoli e Caixinha. Direção se cansou do fraco futebol e das desculpas de Cuca

O milionário elenco atleticano não rende nas mãos de Cuca. Treinador se mostra bem diferente depois das acusações que recebeu no Corinthians. Inseguro, tenso. O péssimo futebol do Atlético não é por acaso

Cosme Rímoli|Do R7

Abatido, sem vibração, angustiado. Cuca virou outro treinador, desde as acusações no Corinthians Pedro Souza/Atlético Mineiro

Desde que Cuca assumiu o Atlético Mineiro sofreu dura rejeição.

Mesmo que tenha tido o processo, por agressão sexual, anulado na Suíça, inúmeras entidades feministas não aceitaram sua volta como treinador.

A direção atleticana não se importou e o contratou.

Agiu como Mario Celso Petraglia, que foi o primeiro a enfrentar a opinião pública e bancar o treinador, depois de 11 meses afastado, quando foi praticamente banido do Corinthians, em março de 2024.


Petraglia se arrependeu. “Nestes anos de futebol vivi muitas decepções. Existem decepções e decepções. Esta do Cuca foi a maior delas. Botamos a cara a tapa para amenizar seu desgaste com a torcida do Corinthians, que lavou a roupa suja do seu passado não resolvido.”

Cuca voltou diferente. Sem a alegria, a confiança que eram suas marcas registradas. Qualquer situação difícil trazia a aura da depressão. O Athletico venceu o obrigatório e, cada vez mais fraco, Campeonato Paranaense. Mas foi um fracasso no Brasileiro e na Copa Sul-Americano. Foi despachado do clube depois de apenas 24 partidas.


A decadência mostrada em Curitiba não importou para o bilionário Rubens Menin, dono do Atlético Mineiro. Ele não se importou com as críticas de todo o país e contratou Cuca. O resultado foi péssimo. O técnico sem confiança, sem convicção não soube lidar com o elenco caríssimo montado por Menin. Os fracos resultados, e o péssimo futebol, trouxeram revolta da fervorosa torcida atleticana.

Como aconteceu no Paraná, Cuca só venceu o Estadual. Se aproveitando da crise cruzeirense. Quando chegaram as competições mais importantes, como Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-Americana, o futebol do Atlético segue de mal a pior. Para falta de sorte do treinador, na Copa do Brasil, o confronto contra o rival Cruzeiro, estruturado, com a chegada de Leonardo Jardim. Vitória fácil no primeiro confronto eliminatório, na arena MRV, na casa do Atlético, para deixar tudo mais humilhante. 2 a 0 foi pouco.


Cuca não assumiu ter sido superado taticamente pelo técnico português. Repassou a culpa para os dirigentes.

“Vamos por partes. O tamanho do Atlético é inquestionável. O investimento é questionável”, já havia dito em abril, irritando profundamente Menin e os jogadores do clube.

Pior ficou quando foi perguntado quando o futebol do Atlético melhorará, após a derrota de quarta-feira.

“Não tenho prazo para te dizer. Eu faço o meu melhor. Eu não tenho um prazo e nem uma certeza de que as coisas vão melhorar.” Declarações que envenenaram ainda mais a relação do técnico com Menin.

O Atlético ocupa a decepcionante 12ª colocação no Brasileiro. Há muita preocupação em relação ao Bolívar, adversário na Copa Sul-Americana, pelas quartas-de-final.

A pressão para a demissão do treinador é enorme.

Representantes extraoficiais do Atlético já sondaram Pedro Caixinha e Jorge Sampaoli.

Há protestos das organizadas contra Cuca.

Ele tem grande parte da direção querendo sua demissão.

Está cada mais evidente que o técnico não se recuperou psicologicamente das acusações que sofreu, quando foi obrigado a deixar o Corinthians em 2024. Parece outro homem nas entrevistas, no trato com os jogadores, com os torcedores, com os dirigentes.

Essa mesma impressão fez com que fosse demitido do Athletico Paranaense.

Seu ambiente é péssimo na Cidade do Galo.

O cenário para a demissão de Cuca está montado.

E deve acontecer.

Nos próximos dias.

Ou nas próximas horas...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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