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Ascensão e queda de Patrick de Paula. De multa de R$ 645 milhões a empréstimo gratuito ao Estoril. Bastaram seis anos

Uma das maiores revelações da base do Palmeiras se desvalorizou. Jogador de enorme potencial acabou desperdiçando chances únicas no Palestra Itália e no Botafogo. Aos 25 anos foi para o pequeno Estoril

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Patrick de Paula. Dez títulos no profissional. Potencial foi desperdiçado Divulgação/Staff Copa do Brasil

Em novembro de 2019, Vanderlei Luxemburgo garantiu à direção do Palmeiras. Havia um meio-campista na base que chegaria à Seleção Brasileira.

Seu nome: Patrick de Paula.

Ele foi descoberto na Taça das Favelas, campeonato amador de futebol.

O Palmeiras tratou de impor, no seu contrato profissional, multa de 100 milhões de euros, R$ 645 milhões.


Abel Ferreira, sucessor de Luxemburgo, também se empolgou com o versátil, ágil, habilidoso e vibrante jogador. Só que a decepção veio tão rápida quanto à empolgação. O jovem se perdeu nas noites paulistanas. O treinador português avisou, multou. Mas não adiantou. Até que foi flagrado pelas organizadas em baladas e quase apanhou.

O técnico português se cansou das promessas que as farras não se repetiriam. E autorizou sua venda ao Botafogo.


Antes da chegada de John Textor, ele foi a contratação mais cara da história do clube carioca: 6 milhões de euros, cerca de R$ 38 milhões, por 50% dos direitos do jogador.

Aos 22 anos, o meio-campista canhoto, de 1m80 chegou ao Rio. Seu comportamento não foi exemplar. O futebol decaiu de maneira assustadora.


Tudo piorou quando, em fevereiro de 2023, teve uma lesão gravíssima: o rompimento dos ligamentos cruzados, afetando os meniscos, do joelho esquerdo.

Patrick de Paula apresentado no Estoril. Clube pequeno terminou em oitavo na temporada passada Divulgação/Estoril

Voltou depois de cerca de 400 dias. E jogando mal. Foi emprestado em agosto de 2024 ao Criciúma. O desempenho decepcionante não animou os catarinenses a tentar comprá-lo.

Sem espaço no Botafogo, agora de Textor, acaba de ser emprestado ao pequeno Estoril, de Portugal.

Na bagagem, dez títulos. Três Libertadores da América, um Brasileiro, uma Copa do Brasil, dois Paulistas, uma Recopa Sul-Americana. Duas Taças Rio. E muita frustração.

Até junho de 2026. Jornalistas portugueses garantem que foi ‘de graça’, com o clube bancando apenas os salários do jogador.

Se ele for bem e o Botafogo quiser, seu contrato, que terminará no final de 2026, será prorrogado até dezembro de 2027.

Se for mal e o Estoril não o quiser, pode haver até a rescisão. Hipótese que a direção atual do clube carioca considera mais provável.

“Estou feliz por jogar na Europa”, disse Patrick de Paula. Há cinco anos era a grande revelação do futebol brasileiro. Hoje, com 25 anos, está marcado pelo descrédito.

Vanderlei Luxemburgo errou feio...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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