As lágrimas de Rafinha. São Paulo só o queria por três meses, com salário menor. Decepcionado, ele deu adeus. Vai ser o líder do Coritiba

Redução de salário.

Prorrogação de contrato só por três meses, o mínimo possível legalmente.

Para disputar apenas Campeonato Paulista.

Entrando em algumas partidas apenas, as mais ‘fáceis’.

Mero reserva de luxo.

E adeus.

O jogador vencedor da Champions League, do Campeonato Mundial de Clubes...

Da Libertadores, hepta campeão alemão, bi brasileiro, não aceitou.

Pensou nos seus 33 títulos, em uma das carreiras mais vitoriosas entre os atletas no país.

No seu papel de líder na quebra de jejum de 12 anos nacionais do São Paulo.

Na conquista da Copa do Brasil e na Supercopa do Brasil.

Sentiu que não merecia essa despedida injusta.

E deu adeus ao Morumbi.

Ele sabia muito bem o quanto foi lastimável o adeus de seu grande amigo Miranda, no próprio São Paulo.

O zagueiro campeão espanhol, vencedor da Copa das Confederações, da Copa América.

Tricampeão brasileiro pela camisa tricolor.

Simplesmente foi avisado, em 2022, que a direção são paulina não tinha interesse mais na renovação.

E saída, ‘pela porta dos fundos’, para Miranda, um atleta tão importante na história recente do clube.

Os dois atletas surgiram na mesma geração no Coritiba.

São muito próximos.

Rafinha não quis passar por igual constrangimento.

E decidiu seguir seu último ano como jogador ‘com dignidade’ no Coritiba.

Deu adeus ao São Paulo chorando.

Avisando que voltará ‘um dia’ como treinador.

Ao contrário do que aconteceu no Morumbi, o Coritiba o valorizou.

Ofereceu a ‘última missão’ de sua carreira.

Ser o líder que levará de volta o clube, onde surgiu, para a Série A.

Ele se sentiu envaidecido novamente.

Aos 39 anos, Rafinha aceitou.

Depois seguirá a carreira como treinador, já está mais que decidido.

O adeus do São Paulo foi repleto de lágrimas, ontem, nas redes sociais.

É realmente o clube ‘de seu coração’.

Abaixo, os principais trechos.

“Queria agradecer a todos vocês por todo o carinho comigo durante esses anos, foram momentos maravilhosos. Tivemos alguns momentos tristes também, mas no geral foram momentos maravilhosos que passamos juntos. Pude vestir a camisa do meu clube de coração, pude ser campeão com o São Paulo“, que é o clube que eu tenho no coração desde criança, desde que me entendo por gente.

“Agradecer a todos os funcionários, jogadores que estão no atual elenco, aos que passaram, aos funcionários, sem exceção, tanto os da Barra Funda quanto do Morumbis e Cotia também. Queria agradecer a todos vocês porque é difícil quando chega nesse momento de dar tchau, se despedir, mas eu acho que foi a melhor decisão. Juntamente com o São Paulo chegamos à essa conclusão que foram anos e momentos maravilhosos, mas chegou o momento de dar um ponto final, a vida continua.

“O São Paulo é um clube gigante e eu fico feliz de ter feito parte de uma pequena parte da história do São Paulo”.

“Muitos falaram quando eu cheguei no São Paulo que eu era um jogador que não dava mais nada, que não saía mais nenhum suco daquela laranja, e graças a Deus deu certo, também saí campeão no clube que eu amo.”

Ele voltará em janeiro para a despedida dos jogadores, dos funcionários do clube.

Depois seguirá para o Paraná.

O lateral tem uma carreira espetacular.

É um grande líder.

Faltou tato da direção do São Paulo em reconhecer.

Em organizar uma digna despedida.

Mas ele vai buscar esse respeito no Coritiba, clube onde nasceu para o futebol.

E que está precisando demais de um capitão como Rafinha...

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