São Paulo, Brasil

Virar as costas a R$ 30 milhões, que deveriam estar na sua conta bancária.

Para nunca mais ter contato com o empresário que o enganou.

Chorar ao ouvir o pai cobrar a humildade perdida.

Dormir, certo de que iria para o Barcelona.

E acordar no Bétis.

O garoto pobre de Diadema se enxerga em festas dignas de sonho, em castelos.

Como a que foi na casa de David Beckham.

Protagonizar a jogada mais famosa da Copa do Mundo de 2002, quando um exército turco correu em seu encalço para tentar tomar a bola, e ele driblando, divertindo o mundo como um Garrincha dos anos 2000.

Ver o São Paulo, clube que o lançou para o mundo, e amava, virar as costas ao voltar ao Brasil.

Surpreender-se com o respeito e carinho do rival Palmeiras, que o acolheu como filho.

Descobrir a aptidão para a televisão, como apresentador, comentarista.

Aos 45 anos, ele surpreendeu em uma entrevista exclusiva.

Muito humano, chorou duas vezes, pensando no exemplo que quer passar para os filhos.

Denilson.

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Uma hora e meia de revelações...