Arrogância, palavrões, desrespeito. Do psicólogo Diniz a Luciano
Além de o São Paulo escapar da derrota para o Red Bull Bragantino, que desperdiçou dois pênaltis, Fernando Diniz protagonizou cena lastimável
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"Vai tomar no c*."
"Parabéns, Luciano!"
"Vai tomar no c´*."
"Tá olhando o quê?"
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Esta foi a lastimável reação de Fernando Diniz.
Psicólogo formado pela Universidade São Marcos.
O técnico do São Paulo sempre fez questão de dizer que a psicologia deveria ser mais utilizada no futebol.
"Geralmente o jogador, quando é criança, vem de uma família desestruturada. Muitos jogadores saem com 12, 13, 14 anos de condições adversas. Tudo isso faz com que ele não tenha poder de se articular, por exemplo. E o futebol e os clubes não levam isso em consideração."
"O jogador é tratado como objeto."
Não foi como objeto que ele tratou Luciano, mas sem o menor respeito, consideração, no empate do São Paulo contra o Red Bull Bragantino.
Seu time, que poderia chegar à liderança do Brasileiro, sofria com o time interiorano, em pleno Morumbi.
Seguia o velho erro do treinador.
Dar espaço demais aos adversários.
Estava 1 a 0 para o Red Bull, gol que nasceu com a liberdade que Arthur teve para invadir a área e servir para Raul marcar.
Aos 18 minutos, Luciano, ajudando a defesa, esticou o braço direito para evitar o segundo gol do Bragantino.
E do banco de reservas do São Paulo, o treinador e psicólogo Fernando Diniz xinga seu jogador e ainda o desafia, quando ele ousa manter o olhar ao técnico.
Com os estádios vazios por conta da pandemia, seus gritos desrespeitosos foram muito claros.
Depois, por ironia, o próprio Luciano empataria o jogo, aos 32 minutos.
Mas nada de correr, comemorar com o banco de reservas.
Ainda houve tempo para o São Paulo tomar duas bolas na trave, em chutes de Arthur. O segundo, em outro pênalti, aos 47 minutos do segundo tempo.
Depois da partida, o treinador falou sobre os palavrões com que tratou Luciano.
"Por ter uma relação de confiança, posso cobrá-lo, ser espontâneo. Me irritei porque a gente sofreu um pênalti totalmente evitável."
"A minha relação com o Luciano é ótima, porque posso cobrá-lo da maneira que eu acho que ele deve ser cobrado, e ele corresponde muito bem a isso."
Palavrões, desrespeito.
É assim que o treinador do São Paulo trata o jogador que em seis partidas, marcou quatro gols e deu uma assistência.
O exemplo fica para os outros atletas.
Ex-jogador, Fernando Diniz fez psicologia para aplicá-la no futebol.
Da pior maneira possível...
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