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Arrascaeta matou o sonho do São Paulo. O excelente Flamengo, de Dorival, está na final da Copa do Brasil

O sonho do São Paulo, de reverter a derrota por 3 a 1, no Morumbi, encontrou pela frente Arrascaeta. O uruguaio foi o grande jogador do Flamengo e autor do gol que decidiu a semifinal da Copa do Brasil

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


Arrascaeta comemora com Gabigol. Uruguaio destruiu o sistema defensivo do São Paulo
Arrascaeta comemora com Gabigol. Uruguaio destruiu o sistema defensivo do São Paulo

São Paulo, Brasil

O São Paulo lutou, teve coragem.

Enfrentou de igual para igual o Flamengo, em pleno Maracanã lotado.

Rogério Ceni, que já treinou o Rubro-negro, queria surpreender, tirar a confiança do melhor elenco do país. E tentar uma virada histórica, reverter a derrota por 3 a 1 no Morumbi, na primeira partida da semifinal da Copa do Brasil. 

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Mas o Flamengo tinha Arrascaeta. O uruguaio fez uma partida excepcional. De nada adiantou Ceni colocar Rodrigo Nestor para acompanhar o meia. 

Talentoso, em excepcional forma física, ele pôde colocar toda sua técnica e visão diferenciada em ação. Além de construir ótimas jogadas para Gabigol, Pedro e Everton Ribeiro, o uruguaio também mostrou seu sangue gelado.

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Aos 35 minutos do primeiro tempo, David Luiz descobriu Everton Ribeiro entre as linhas defensivas do São Paulo. O meia deu um passe excepcional para Arrascaeta. Jandrei, desesperado, saiu para tentar "abafar" o flamenguista. Mas, em um toque leve, sensacional, apenas deslocou o goleiro.

Flamengo 1 a 0.

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A briga pela vaga na final da Copa do Brasil estava decidida. Jamais o atual São Paulo conseguiria vencer o Rubro-negro por 4 a 1.

O excelente Flamengo de Dorival Júnior estará na decisão.

E como favorito.

Contra Corinthians ou Fluminense, dias 12 e 19 de outubro.

O clube carioca tentará o tetracampeonato da competição.

O São Paulo jamais venceu a Copa do Brasil. 

Rogério Ceni tentou tirar a confiança do Flamengo. Tática deu certo por 15 minutos
Rogério Ceni tentou tirar a confiança do Flamengo. Tática deu certo por 15 minutos

A diferença técnica entre os dois elencos era grande demais.

O Flamengo tem uma seleção de grandes jogadores. O São Paulo, não. O talento se impôs no Maracanã, com mais de 62 mil torcedores. Exatamente como havia acontecido no Morumbi.

Não custa lembrar que, há sete dias, o Rubro-negro também assegurava a classificação para a final da Libertadores.

Rogério Ceni tentou explorar os pontos fracos do time de Dorival. As laterais. Com Alisson e Patrick para tentarem, com Igor Vinícius e Reinaldo atormentar Rodinei e Filipe Luís. E ainda adiantou suas linhas, mesmo jogando fora de casa. Com coragem, para tentar tirar a confiança flamenguista, com seu letal toque de bola nas intermediárias.

Deu a falsa impressão de que o São Paulo assustaria, colocaria em risco a classificação do Flamengo. Mas durou apenas 15 minutos. Dorival conseguiu encaixar a marcação. E Arrascaeta passou a "roubar" a cena. Com arrancadas, dribles e movimentação intensa, absurda. 

Aos poucos, ele foi desestruturando o sistema defensivo montado por Rogério Ceni. A perseguição individual de Rodrigo Nestor de nada adiantava. Inteligente, o uruguaio se livrava com o apoio dos companheiros. 

Pedro, outra vez, fez ótimo jogo. Trabalhando como pivô, abrindo espaço entre a zaga. E ainda buscando tabelas, abrindo espaço pela esquerda. Confiante, driblando, invertendo bolas. Dando enorme trabalho pelo alto. Um finalizador moderno. 

Com Dorival Júnior, Gabigol está muito mais solidário e participativo nos jogos. E não economizou energia para atrapalhar a saída de bola são-paulina. 

Mas a fase de Everton Ribeiro é preponderante para o sucesso do Flamengo. Com liberdade para atuar na direita, flutuando para o meia, e empolgado com a chance de ir para a Copa, tem ditado o ritmo do time, ao lado de Arrascaeta. 

O futebol de Everton Ribeiro é menos vistoso do que o do uruguaio. Mas objetivo, produtivo. Dificultou ao máximo a missão do time paulista. Ele organizava os contragolpes em velocidade.

Do lado do São Paulo, em compensação, o grande definidor Calleri vive fase muito incômoda, com jejum que tem mexido com seu emocional. Trazendo afobação para as finalizações, as tabelas. Outra vez, no jogo desta quarta, ele mostrou o quanto está tenso. E acabou acumulando a oitava partida sem ter o prazer de colocar a bola nas redes adversárias. 

Luciano tem sido prejudicado com o lado psicológico do argentino. Ainda mais diante de uma defesa com jogadores experientes como David Luiz e Filipe Luis. A afobação é inimiga diante da vivência.

Arrascaeta vibra com seu gol. O uruguaio, com Dorival, é o grande meia talentoso do futebol brasileiro
Arrascaeta vibra com seu gol. O uruguaio, com Dorival, é o grande meia talentoso do futebol brasileiro

A surpresa boa foi a atuação segura de Jandrei. No gol de Arrascaeta, ele não poderia fazer nada. E ainda teve direito a uma defesa cinematográfica, quando Gabigol o conseguiu encobrir. Como um ótimo líbero de vôlei, o goleiro conseguiu virar o corpo e defender a bola com um soco para o alto. 

O jogo foi muito movimentado. Com o São Paulo atuando como franco-atirador. Com o sonho de conseguir o primeiro gol e enervar o Flamengo. Fazer com que os mais de 62 mil torcedores passassem a pressionar, atrapalhar o time de Dorival Júnior.

Vã esperança. 

Porque o Flamengo, aos poucos, ficou com o controle do jogo. Acabou com o espasmo de euforia são-paulino. Com trocas de passes, técnica superior e atitude, a equipe carioca passou a ter o domínio do jogo.

E aos 35 minutos, o lance fundamental do jogo.

David Luiz, de cabeça erguida, deu excelente passe para Everton Ribeiro. Dele, o toque saiu magistral para a entrada de Arrascaeta, em velocidade. O uruguaio foi cruel, deslocando Jandrei.

Gol do Flamengo.

A partir daí, todos os jogadores em campo sabiam quem era o finalista da Copa do Brasil.

Oa dois times seguiram lutando, porém cientes de que o São Paulo não venceria o Flamengo por três gols de diferença.

Não conseguiria nem empatar. 

O Flamengo foi firme, Dorival Júnior sabia o quanto a diretoria do Flamengo queria estar na final da Copa do Brasil. O vice-campeonato já vale R$ 25 milhões. O título, R$ 60 milhões.

A festa no vestiário do Flamengo. Passou o melhor para a final da Copa do Brasil
A festa no vestiário do Flamengo. Passou o melhor para a final da Copa do Brasil

O gol trouxe de vez a confiança que Ceni queria evitar que os rivais adquirissem no jogo. A troca de passes, as investidas foram cada vez mais conscientes. O Flamengo criou chances para ampliar. Principalmente quando a bola chegava a Arrascaeta. Mas o time pecou nas finalizações.

O São Paulo em um ataque inesperado conseguiu acertar a trave de Santos, em chute de Luciano, aos 5 minutos. Mas foi só.

O Flamengo conseguiu não só segurar a vantagem.

Como lutou até o final da partida para fazer mais gols.

A justiça foi feita no Maracanã.

O melhor time da Copa do Brasil está final...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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