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Cosme Rímoli - Blogs

‘Aqui quem manda sou eu!’ Yuri Alberto afunda ainda mais o Santos, penúltimo no Brasileiro. Sem piedade do time onde nasceu

O Corinthians não empolgou. Mas venceu o clássico por 1 a 0, gol de Yuri Alberto, que chegou a sete gols contra a equipe que o lançou no futebol. De nada adiantou o esquema medroso de Cléber Xavier. Santos encravado na penúltima colocação no Brasileiro

Cosme Rímoli|Do R7

Yuri Alberto não teve piedade do Santos. Maior artilheiro da Neo Química Rodrigo Coca/Corinthians

“Aqui quem manda sou eu!”

Yuri Alberto encarava a torcida que vibrava muito, ao comemorar o gol anulado.

Nem precisou.

Ele já tinha marcado um válido, que garantiu mais três pontos ao Corinthians.


Mas serviu para retratar a confiança de um artilheiro.

Contra um gigante apequenado.


O Santos segue de mal a pior.

Mereceu a derrota contra o Corinthians, hoje em Itaquera.


1 a 0 foi até muito pouco.

Com direito a ‘olé, olé, olé', gritado pela torcida rival.

“A vitória foi muito importante em casa.

“Primeiro tempo muito difícil, mas no segundo criamos oportunidades.

“Graças a Deus pude marcar.

“Agradecer a Deus por marcas que nunca imaginei alcançar na minha carreira.

“Agradecer também à torcida por me ajudar a alcançar essas marcas, celebrava o artilheiro da história da Neo Química, com 44 gols.

Enquanto os corintianos chegaram à oitava colocação, os santistas eram o retrato da desilusão.

Fazem campanha vergonhosa neste início do Brasileiro.

Uma vitória, dois empates e seis derrotas.

Enterrados na penúltima colocação, o 18º em vinte equipes.

Vice lanternas.

Seis jogos sem ganhar.

A campanha até do que em 2023, quando foi rebaixado.

Depois de nove rodadas, tinha 11 pontos.

Neste ano tem apenas cinco.

Mesmo diante do Corinthians truncado, sem Memphis Depay, Garro e Gustavo Henrique, faltou coragem para Cléber Xavier.

Comandando pela primeira vez um time na sua vida, não percebeu o desespero do momento do gigante que tem nas mãos.

Mesmo perdendo o jogo em Itaquera, nada de mandar sua equipe atacar.

O clima é cada vez mais tenso no Santos. Cleber Xavier nunca foi técnico, só auxiliar. Não consegue tirar o time da penúltima colocação Raul Baretta/Santos

Medo está na aura santista, desde que Neymar está sem jogar, contundido,no dia 13 de abril, contra o Fluminense.

Cléber Xavier ganhou a recuperação de Zé Rafael como presente.

O versátil meio-campista, que o Palmeiras abriu mão, mostrou a ótima visão de jogo que é sua marca registrada.

E conseguiu dar inesperada boa saída de bola para o Santos.

Chutões trocados por neurônios, raciocínio rápido para acionar os companheiros.

Mas era muito pouco.

Mesmo precisando, desesperadamente pontuar, Cléber Xavier montou seu time no 4-5-1.

Tentando imitar o seu velho mestre Tite, quando apelava para tentar não perder.

O Santos dependia da iniciativa dos seus jogadores, já que foi montado para brigar pelo 0 a 0, objetivo pequeno demais para um gigante.

Por sorte, Dorival Júnior também não ousava.

Sem Memphis Depay, que não se recuperou de torção no tornozelo e sem Garro, em tratamento de tendinopatia patelar, o ex-técnico da Seleção não ousou.

Pensou pequeno também.

Preencheu a intermediária com cinco jogadores: Maycon, Martínez, Bidon, Coronado e Carillo.

Na frente, só a valentia de Yuri Alberto.

Quase o medo é premiado no primeiro tempo, com Zé Ivaldo e Barreal, tendo chance de marcar.

Desperdiçaram.

Na segunda etapa, o Santos se encolheu.

Cléber recuou suas linhas ainda mais, convidando a bola a rondar sua área.

O Corinthians aceitou o convite e passou a criar chances.

Principalmente buscando seu artilheiro.

E, aos 21 minutos, Martínez cruzou.

A bola encobriu Zé Inaldo e Yuri Alberto se antecipou a Escobar.

Brazão se esticou, deu um tapa sensacional na bola, mas ela havia passado a risca.

Gol do Corinthians.

Mais do que merecido.

Premiando quem queria vencer o jogo.

O Santos ficou atordoado, perdendo a partida.

Escobar conseguiu a expulsão mais tola do Brasileiro.

Ele já tinha cartão amarelo e ficou trocando xingamentos com Martínez.

O árbitro Raphael Claus deu amarelo para os dois.

O santista foi expulso, aos 34 minutos.

Facilitando ainda mais a missão corintiana.

O Santos tomaria o segundo gol, de novo de Yuri Alberto, se Félix Torres não tivesse feito falta no início da jogada.

O clássico terminou com a vitória merecida do Corinthians.

Com Yuri Alberto se tornando o maior artilheiro da história da Neo Química com 44 gols.

O Corinthians recuperando um pouco de paz, com a vitória.

E o Santos demonstrando falta crônica de coragem para escapar do rebaixamento.

Esperando, desesperadamente, pela volta de Neymar.

Jogador de 33 anos e 42 lesões...





Veja também: Cleber Xavier analisa momento do Santos: 'Nós vamos sair dessa situação'

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