Apesar do dobro da audiência, Fox Sports será absorvida pela ESPN
A recessão travou venda da Fox Sports pela Disney, como o Cade impôs. Sem comprador, solução será o fim dos canais. Poucos jornalistas irão para a ESPN
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Benjamin Back e Mauro Cezar Pereira.
Dois estilos completamente distintos.
Mas ambos vitoriosos.
Irão se juntar para discutir futebol.
Assim como PVC, André Kfouri, Oswaldo Paschoal, Zé Elias, Edmundo,Gustavo Hofman, Mano...
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A adaptação será uma grande incógnita.
A Fox Sports optou pela descontração.
A ESPN/Brasil escolheu a sobriedade.
E mais a Libertadores da América, até pelo menos 2022.
A união forçada deverá acontecer no início de 2020.
Março é um mês muito comentado nas duas emissoras.
A fusão é considerada sem volta, obrigatória.
E marcará o fim dos canais Fox Sports.
O motivo é conhecido.
Depois de meses de negociações sigiliosas, no dia 14 de dezembro de 2017, a The Walt Disney Company anunciou nos Estados Unidos a compra da 21st Century Fox.
Gastou 52,4 bilhões de dólares, R$ 218 bilhões.
Além dos filmes, séries, desenhos, há os canais a cabo. Eles estão sendo agrupados ou vendidos no mundo todo.
No Brasil, o Cade decidiu só aceitar a negociação se a Disney abrisse mão ou da ESPN/Brasil ou da Fox Sports para evitar o monopólio no mundo dos esportes. Esta postura firme do Conselho Administrativo de Defesa Econômica protege a princípio a concorrência. Mas o grupo Globo, principalmente o Sportv, é o maior favorecido.
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O Cade exigiu que a Disney escolhesse quais canal esportivo iria ficar. ESPN/Brasil ou Fox Sports.
A escolha recaiu pela ESPN/Brasil.
A Disney fez de tudo durante 2018 e até o final deste ano para vender os canais Fox Sports. Chegou até a contratar a empresa Pyne Midia, que pertence a Benjamin Pine, ex-vice presidente de distribuição global da ESPN.
Mas a crise, a recessão financeira brasileira foi forte demais.
A DAZN Brasil, empresa de streaming, acabou sendo a única interessada. Mas, a princípio, queria apenas as instalações físicas da Fox Sports no Rio de Janeiro. Não queria assumir funcionários.
Mesmo assim, desistiu no meio do caminho.
Assim, a única solução possível e que, já foi aprovada nos bastidores do Cade, será mesmo a fusão dos canais Fox Sports com a ESPN/Brasil.
Esse caminho já era indicado há meses, quando a ESPN/Brasil fez uma surpreendente reformulação mandando muitos funcionários embora.
Como Juca Kfouri e Arnaldo Ribeiro e outros jornalistas.
Assim como o diretor-geral, João Palomino.
Não houve contratações para cobrir a lacuna com as saídas
Na verdade, a cúpula da emissora já estaria ciente da possível fusão e se preparando para receber alguns funcionários da Fox Sports.
A fusão é muito melhor do que o simples fim dos canais esportivos, como aconteceu, por exemplo, com o Esporte Interativo, com quase todos seus funcionários demitidos.
Confirmada a fusão, a ESPN/Brasil absorverá uma pequena fatia de empregados da Fox Sports.
Haverá dispensas, demissões.
Os funcionários dos canais com sede no Rio de Janeiro foram avisados.
E estão inconformados.
Porque a Fox Sports costuma dar o dobro de audiência da ESPN/Brasil.
Mas para a Disney pesou a tradição, a marça.
A ESPN é muito mais forte no mundo todo, principalmente nos Estados Unidos.
E por isso sua estrutura e seus empregados serão mantidos.
Ao contrário da Fox Sports.
A cúpula do Cade não tem outra solução a não ser aceitar a fusão.
A ESPN/Brasil foi fiscalizada e houve a certeza da tentativa de venda dos canais e a ausência de interessados.
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O clima nos canais Fox Sports é de revolta, inconformismo.
Medo das demissões.
Mas a direção agiu com dignidade.
E preparou os jornalistas, produtores e câmeras para o que deverá acontecer.
A fusão com a ESPN, com sede em São Paulo.
E o fim dos canais Fox Sports...
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