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Cosme Rímoli - Blogs

Anunciantes não fazem fila por Galvão Bueno. Decepção na Globo

Desde maio, o narrador, que teve seu salário cortado pela metade, está liberado para fazer propaganda. Só fez uma. Há pouquíssimos interessados

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Galvão Bueno. Salário cortado pela metade. E sem fila de empresas para publicidade
Galvão Bueno. Salário cortado pela metade. E sem fila de empresas para publicidade

São Paulo, Brasil

Quando a Globo avisou, no início do ano, seus principais narradores, Galvão Bueno e Cléber Machado, que seus salário seria cortado pela metade foi um susto.

Principalmente para Galvão Bueno.

Ele estava acostumado a receber R$ 1,2 milhão.


Passou a ganhar R$ 600 mil.

Cléber caiu de R$ 500 mil, para R$ 250 mil.


Luís Roberto não teve de se submeter.

Porque ele recebe R$ 200 mil, um salário considerado compatível, pela cúpula da Globo.


Mas Galvão e Cléber Machado foram avisados que, depois de 38 anos de transmissões esportivas, a emissora carioca permitiria.

Seus narradores poderiam compensar a perda com publicidade.

Assim como Pedro Bial, Faustão, Thiago Leifert, o próprio departamento de marketing da Globo acreditou que haveria fila de empresas interessadas.

Surgiu apenas a Gol, que usou a voz de Galvão Bueno.

A partir da final da Copa América, entre Brasil e Peru, nos voos da companhia aérea, os clientes escutam a seguinte mensagem.

"Bem amigos da Gol, só aqui você não perde nenhum jogo, porque tem TV ao vivo para todos os destinos."

E só.

Não há o leilão, a corrida ensandecida atrás das vozes de Galvão e Cléber.

Só o que a emissora já havia prometido aos patrocinadores do futebol, que desembolsam mais de R$ 1,8 bilhão, Galvão gravou mensagens citando as empresas : Ambev, General Motors, Hypera Pharma, Itaú, Casas Bahia e Vivo.

Elas deverão ir ao ar durante as principais transmissões da emissora, neste segundo semestre.

Fora essas empresas, a procura é baixíssima.

Mostrando independência, Galvão desafiou os novos comandantes da Globo que demitiram Mauro Naves. E o levou para sua vinícola no Sul do país. De jatinho.

Galvão Bueno e Mauro Naves. Solidariedade e desafio à demissão do amigo
Galvão Bueno e Mauro Naves. Solidariedade e desafio à demissão do amigo

Os acordos por publicidade envolvendo os narradores são difíceis.

A recessão do país afasta interessados.

Sem eles, o corte salarial se impôs.

Com os narradores vivendo sua nova realidade.

Ganhando a metade que estavam acostumados...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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