Ancelotti não vai dar chance à Bolívia. Brasil com oito mudanças. Italiano desvendou o segredo da altitude. Força física e atitude, em La Paz. Samuel Lino no lugar que seria de Neymar
Seleção terá oito mudanças em relação ao time que goleou o Chile. A esperança maior será Samuel Lino, que tem impressionado Ancelotti. Bolívia precisa vencer, para ficar com a vaga na repescagem
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Alisson, Wesley, Fabrício Bruno, Alex e Caio Henrique; Andrey Santos, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Luiz Henrique, Samuel Lino e Richarlison.
Este é o time preparado para enfrentar a Bolívia, amanhã, em La Paz.
Oito mudanças em relação ao time que venceu, sem susto, o Chile, no Maracanã.
Entre elas, a mais importante é a entrada de Samuel Lino.
Embora possa parecer que ele será atacante na escalação, na verdade, ele atuará de forma ‘flutuante’, entre o meio campo e o ataque. Jogará como no Flamengo, na construção das jogadas ofensivas, a partir da intermediária da Bolívia.
A sua inteligência tática se junta ao vigor físico.
Ele atuará exatamente na posição que deveria ser de Neymar, se o jogador, de 33 anos e meio, estivesse no seu auge técnico e físico, situação longe da realidade.
“Falo muito disso, creio que isso é a chave do êxito. Os jogadores brasileiros têm muito talento. A chave do êxito é talento mais atitude. Talento com zero atitude não ganha. Zero talento com muita atitude, também não ganha. Com a combinação entre talento e atitude pode ganhar.
“O que eu mais gostei nesses três jogos foi a atitude da equipe. A atitude foi, na minha opinião, muito alta. Isso é uma base importante do futuro da seleção.”
Ancelotti tem usado da sua experiência e firmeza para montar o Brasil que espera ver na Copa do Mundo: muito competitivo. Com e sem a bola.
Samuel Lino o deixou encantado com a movimentação no Flamengo. O encaixe na equipe carioca, circulando a bola, buscando com paciência espaço na marcação adversária. Mas também com capacidade para driblar ou definir uma jogada, marcando gols. Com facilidade para finalizar chutando ou de cabeça.
O ex-jogador do Atlético de Madrid e Valência está mais do que empolgado.
“Não imaginava. Desde que voltei, faz um mês e foi um mês muito intenso. Não esperava estar aqui pela primeira vez tão rápido, mas fico feliz de ter sido recompensado pelo meu trabalho.

“(Quero) Demonstrar para o Ancelotti o 100% de mim, da minha capacidade e mostrar que estou aqui para ajudar. Vou tentar me empenhar para ajudar os meus companheiros o máximo possível, a qualidade depois aparece. Quero mostrar que estou comprometido e muito feliz com a oportunidade de estar aqui.”
Ancelotti confirmou que, além da força física, ele quer observar outros jogadores que convocou. O Brasil está classificado para a Copa do Mundo há duas rodadas, desde que venceu o Paraguai.
A Bolívia precisa vencer para disputar a repescagem.
O treinador italiano do Brasil sabe as armas principais dos bolivianos. Eles usam o que o ar rarefeito da altitude provoca na bola. A tornando muito mais rápida.
“A exigência que vamos ter é diferente no jogo ofensivo e defensivo. Tentar controlar os cruzamentos, os chutes de fora da área são aspectos importantes ao nível defensivo. Em nível ofensivo, entender que a bola viaja mais rápido que o normal. São coisas que temos que avaliar na estratégia.”
Além de Neymar, outro jogador importante não foi convocado. Rodrygo, do Real Madrid.
Ancelotti foi direto.
“Obviamente a memória conta. O Rodrygo eu conheço muito bem. Estou certo de que ele pode voltar à equipe. Agora estamos avaliando todos os jogadores, vendo nível físico, técnico e tático para formar uma equipe para o Mundial que seja a mais competitiva possível. Não há um favorito. A verdade é que o campo, não nós, vai dizer quem são os jogadores para a Copa do Mundo.”
A cúpula da CBF já definiu o futuro da Seleção até a Copa do Mundo.

Neste ano, a previsão é de quatro amistosos. Primeiro, a Coreia do Sul, em Seul. Depois, o Japão, em Tóquio. Depois duas partidas, na Europa, contra seleções africanas.
E, em 2026, quatro jogos contra seleções europeias. Pelo menos duas delas, de alto nível.
Ancelotti está mais do que satisfeito.
Assim como o presidente da CBF, Samir Xaud, que já quer até a renovação para 2030. Só que Ancelotti acha ‘precoce demais’ conversar sobre esse assunto. Ele quer ver como se comportará como treinador da Seleção na Copa dos Estados Unidos...