Ancelotti disfarça. O grupo é fácil. Mas, o caminho do Brasil para lutar pelo hexa, será complicado. O time precisa recuperar o tempo perdido, para ganhar a Copa do Mundo. É possível

“O sorteio foi difícil.

“Marrocos foi muito bem na última Copa, a Escócia tem um time sólido, muito sólido, bastante difícil.

“Temos que jogar bem e tentar terminar em primeiro do grupo. O primeiro jogo será muito importante.”

Marrocos, Escócia e Haiti.

O sorteio dos grupos, na primeira fase da Copa do Mundo, foi bem favorável ao Brasil.

Escapou de Croácia, Noruega e a possibilidade de ter Itália pela frente.

O treinador brasileiro tratou de repetir a postura de Tite e encontrar dificuldade na fase de grupo.

A estratégia é também a mesma.

Fazer com que a empolgação não chegue cedo demais.

Ancelotti é muito vivido e sabe que seu tempo de preparação é curtíssimo, em relação às outras seleções tradicionais e favoritas ao título, como Espanha, Argentina, Holanda, Alemanha.

E com a vivência de quem conquistou cinco Champions League, ele sabe lidar com fase de grupos e mata-mata.

É aproveitando os primeiros jogos, quando ainda há margem para pequenos erros, que o time ganha confiança, se fortalece. E chega nos jogos eliminatórios pronto.

O primeiro adversário é o mais difícil do grupo C.

Marrocos não foi a quarta colocada da Copa do Mundo do Catar à toa. Pelo contrário, o trabalho tem sido contínuo, misturando a paixão de sua população e investimento governamental.

Walid Regragui, treinador no Catar, segue no comando de uma equipe vibrante, que mistura força física, velocidade e coragem. O capitão, e principal destaque, Hakimi é titular no PSG. Brahim Díaz segue ganhando espaço com sua velocidade e habilidade no Real Madrid.

Ancelotti sabe que a Seleção Marroquina será a principal adversária do Brasil na fase de grupos. Logo na estreia.

Vencendo, dois adversários fracos pela frenta.

A combativa Seleção Escocesa será o segundo pior rival. Seleção voluntariosa e que tem como principal estrela, o meia Scott McTominay, eleito o melhor jogador do Campeonato Italiano, 2024/2025. É o maestro do Napoli.

O time do treinador Steve Clarke é especialista em contragolpes em velocidade e bolas aéreas. A Escócia jogou a Dinamarca para a repescagem.

O Brasil tem uma equipe muito superior.

A Seleção Haitiana é fruto dessa ansiedade da Fifa em ampliar o número de seleções na Copa. Time com várias fragilidades. O técnico

“Não vai ser fácil. Quando você sonha em jogar a Copa do Mundo e competir contra os melhores, você pensa no Brasil. É uma grande oportunidade para o Haiti, mas não vai ser fácil. Torço para que o Brasil nos trate com muita hospitalidade, mas é futebol. Vai ser uma grande oportunidade para os meus jogadores mostrarem suas qualidades para o mundo todo”, disse o treinador Sebástien Migné.

Passar em primeiro do grupo significa para o Brasil ter pela frente o segundo colocado dos grupos E ou I.

A possibilidade maior é Equador ou Noruega.

Sim, não será fácil.

Depois, nas quartas, o caminho natural será a Inglaterra, vice-campeã europeia. Basta as duas seleções saírem líderes de seus grupos e vencerem as oitavas.

Na semifinal, um velho e terrível adversário.

A Argentina.

Depois de tudo isso, a Espanha ou França.

Uma das duas seleções esperaria o Brasil.

Todas essas previsões são seguindo algo que o futebol vive contrariando: a lógica.

O Brasil tem sim possibilidade de vencer a Copa.

Ancelotti precisa trabalhar com um grupo, como ele revelou no Esporte Record, veloz e hábil. De muita força física, na recomposição e ataques em bloco.

O caminho é difícil.

Mas muito possível.

A imprensa internacional segue firme.

Colocando o Brasil como um dos fortes favoritos.

Potencial a Seleção tem.

Independente de Neymar ir ou não.

Se estiver plenamente recuperado fisicamente será um reforço incrível.

Com Ancelotti é possível acreditar.

O sorteio para o Brasil foi ótimo.

A caminhada exigirá o que a população deste país sonha.

Passos de um hexacampeão...