Ameaça de organizada preocupa. Palmeiras reforçará segurança para evitar invasão contra o São Paulo. O problema se chama Luciano
Direção do Palmeiras aumentará o número de seguranças no clássico contra o São Paulo. Líder de organizada prometeu invasão no Allianz, se jogador do rival chutar o mastro de escanteio com a bandeira palmeirense. No tricolor, só Luciano é capaz dessa ofensa
Cosme Rímoli|Do R7

Como um mero reserva pode incendiar a semifinal do Paulista?
Basta que se chame Luciano e jogue no São Paulo.
Ele conseguiu que a direção do Palmeiras decidisse por mais seguranças no Allianz Parque, na segunda-feira (10).
Para evitar que membros da TUP invadam o campo.
E seus torcedores sentem no gramado.
Em protesto a Luciano chutar um dos mastros de escanteio com a bandeira palmeirense.
O meia/atacante toma essa atitude como uma maneira de provocar, humilhar o time rival.
Já fez contra o Corinthians e Palmeiras.
Rebelde, Luciano não se dobra às ordens dos treinadores do próprio São Paulo.
Para não fazer o gesto ofensivo.
Mesmo com a certeza de tomar o cartão amarelo, o jogador prefere ficar bem com os torcedores organizados são-paulinos.
Ainda mais agora, quando completará 32 anos em maio, e empresários ligados ao São Paulo buscam clubes do exterior para negociá-lo.
Há a certeza no Morumbi que, se ele entrar em campo e marcar contra o Palmeiras, vai chutar, de novo, o mastro de escanteio.
E deixar seu pé acertar a bandeira verde.

O presidente da TUP, Marcelo Lima, que é considerado tranquilo, decidiu ir para as redes sociais e avisar que haverá invasão, se Luciano repetir a ofensa que gosta de fazer.
“Comunicando um pedido para a FPF e poder público. Eu vi torcedores dizendo que liberariam chope caso chutassem a bandeira do Palmeiras dentro do campo. Eu, como palmeirense, estou avisando: ou vocês conversam com jogador e impõem uma regra nisso, ou convoco todo palmeirense, caso chutarem a bandeira, que invadam o campo, sem agressão e vamos ficar todos sentados dentro do campo. Recado a todos os órgãos públicos, porque é uma falta de respeito, deselegância, isso gera morte, gera tragédia.
“Chutou a bandeirinha com símbolo do Palmeiras, a gente invade o campo e vamos sentar.”
Não há certeza alguma que os torcedores o obedecerão à risca.
Se invadirem o gramado do Allianz, não há quem garanta que alguns deles não podem tentar agredir Luciano.
“Dane-se que perda o mando de campo, pior é alguém chutar o nosso símbolo. ‘Ah, o Veiga fez isso’. Eles não reclamaram porque não quiseram. Eu estou me sentindo prejudicado e convoco o torcedor palmeirense. Que as autoridades comuniquem que os jogadores fazendo isso estão incitando a violência. Chutar a bandeirinha é chutar minha cara, minha alma, meu espírito. Para depois não querer fugir de campo novamente. Chutou a bandeira, vamos invadir o campo, sim.”
Marcelo deixa claro: não se importa com a possibilidade de o Palmeiras perder o mando em uma eventual final do Paulista, se o Santos eliminar o Corinthians.
A direção palmeirense não vai correr esse risco.
E haverá maior número de seguranças na segunda-feira do que o normal.
O presidente da Independente, principal organizada do São Paulo, instigou ainda mais Luciano.
Publicou uma foto do jogador chutando a bandeira do Palmeiras.
Com a ‘singela’ legenda.
“Já chutou uma vez e vai chutar de novo.”

A direção do São Paulo não se manifestou.
Além da grande rivalidade, o clube vai jogar ‘sob protesto’.
Porque não aceita o clássico na segunda-feira no Allianz.
Tentou uma manobra de bastidores, para que a partida fosse longe da grama sintética da Água Branca.
Alegou que os grandes jogos do Campeonato Paulista deveriam ser nos finais de semana.
‘Por coincidência’, no sábado, o grupo Offspring fará um show no Allianz, o que impossibilitaria a partida no sábado e no domingo.
A manobra não deu certo.
A Federação Paulista confirmou o confronto na segunda-feira.
Aliás, a Federação foi avisada pelo presidente da TUP sobre a possibilidade de invasão.
E também pelo Palmeiras, que deixou claro que não tem ‘nada a ver’ com a ameaça do torcedor.
Mas a responsabilidade da segurança do clássico é do mandante, o Palmeiras.
Luciano não se manifestou, se repetirá o gesto, ou não, se marcar o gol.
Reserva e colocado a venda, ele conseguiu ficar no centro das atenções, por conta da organizada palmeirense.
O clima já era tenso para o clássico ‘de vida ou morte’.
Ficou muito mais...
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