Acovardado, o Palmeiras segue sem Mundial. Derrota para o Tigres
Decepcionante a postura do time de Abel Ferreira. Muito atrás. Tenso, travado. Vitória do Tigres, que decidirá o Mundial. Palmeiras jogará pelo terceiro lugar
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
O Palmeiras foi uma enorme decepção.
O clube, que tanto sonhava em vencer o Mundial, vencendo a hipotética decisão contra o Bayern, nem chegou na final.
Passivo, acovardado taticamente durante grande parte do jogo, sem intensidade, o time de Abel Ferreira perdeu para o Tigres, por 1 a 0, em Doha.
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Os atletas atuaram distantes, permitindo que o adversário determinasse o ritmo da partida. E ainda marcaram mal demais.
O time mexicano não sofreu para ganhar do time brasileiro, mesmo tendo uma equipe menos técnica.
Enfrentou o Palmeiras lento, indeciso, tenso. E travado por seu próprio treinador.
O time de Tuca Ferretti também se aproveitou da lentidão e da reação tardia dos brasileiros.
A vitória do Tigres denuncia a inexperência do treinador português palmeirense.
O jogo de quinta-feira no Catar está confirmado.
Mas será apenas pela decisão do terceiro lugar no Mundial, contra o perdedor de Bayern e Al Ahly.
Abel Ferreira foi responsável pelo sufoco que o Palmeiras sofreu no primeiro tempo.
Mesmo tendo uma equipe muito mais forte tecnicamente, ele optou pela mesma estratégia que utilizou contra o Santos, na final da Libertadores.
Colocou seu time de maneira cautelosa em exagero.
Recuou as linhas, buscando atrair o time mexicano, lento na recomposição.
O português esperava explorar os contragolpes, prefencialmente com Rony, nas costas de Rodríguez.
Mas só que Tuca Ferretti antecipou o que o Palmeiras faria.
E adiantou os volantes Rafael Carioca e Pizarro.
Eles tinham tinham toda a liberdade para pensar o jogo, buscar os jogadores com mais liberdade entre as linhas.
Na frente, dois brutamontes. Ótimos no cabeceio, mas com potencial para trocar passes, buscar tabelas, se infiltrar: Gignac e González.
Foi o Palmeiras que deixou o jogo mais confortável para os mexicanos.
Era incrível a falta de iniciativa.
E a tensão dos jogadores.
Os mexicanos foram ganhando confiança.
E criando chances.
Com Luan inseguro, perdendo o tempo de bola.
Logo aos aos três minutos, o zagueiro brasileiro permitiu a cabeça fortíssima de González.
Weverton fez uma defesa sensacional, espalmando a bola.
E o atacante francês Gignac teve espaço para receber e chutar como quis, aos 33 e 36 minutos. E o goleiro palmeirense mais duas grandes defesas.
O Palmeiras conseguiu apenas um chute da entrada da área de Rony. O seguro goleiro Guzmán defendeu.
Foi impressionante como o Tigres terminou a primeira etapa dono da partida, trocando passes à vontade.
O 4-5-1 de Abel Ferreira foi enorme exagero.
O segundo tempo começou exatamente como acabara a primeira etapa.
O Tigres dominando a intermediária, agradecendo o espaço que o Palmeiras oferecia.
E coube a Luan fazer uma grande bobagem.
Aos seis minutos, ele se precipitou e agarrou González, que ainda virava o corpo.
Pênalti desnecessário.
Gignac cobrou com força no canto direito, Weverton não conseguiu o milagre.
1 a 0, Tigres, aos oito minutos.
Abel Ferreira tratou de trocar Danilo, muito tímido, por Felipe Melo. Junto com Zé Rafael, perdido em campo, por Patrick de Paula.
E ainda apostou em Willian na vaga do irritadiço e improdutivo Gabriel Menino.
Finalmente, o português adiantou suas linhas.
Começou, aos 20 minutos a atacar.
Mas seus jogadores se mostravam tensos, muito nervosos, afobados.
A ponto de não conseguirem nem perceber a movimentação da defesa mexicana. A equipe brasileira foi pega em sete impedimentos.
A derrota foi merecida.
Foi a primeira vez que uma equipe mexicana decidirá o Mundial.
Para alegria dos rivais.
O Palmeiras segue sem Mundial...
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