Abel fez o que pôde para ser campeão mundial. Foi a sétima final em 15 meses. Fracasso da diretoria na busca do artilheiro
O treinador português mostrava orgulho dos seus jogadores. Mas ele sabe muito bem: se tivesse o artilheiro que pede há seis meses, poderia variar o esquema contra o Chelsea. Europeus já analisam seu ótimo trabalho
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"Sabíamos que seria um jogo difícil. Vocês não gostam dos três zagueiros, mas vejam como joga o Chelsea. Não quero falar do resultado, perdemos, e é dar parabéns a quem ganhou.
Ano passado, fomos aonde fomos, e este ano ficamos em segundo.
"Perdemos para uma grande equipe, em um jogo de detalhes, então estou muito orgulhoso dos meus jogadores."
Abel Ferreira estava emocionado, mas muito racional ao analisar a derrota para o Chelsea.
Ele sabe muito bem que seu trabalho ele fez. O que faltou foi competência à direção palmeirense para contratar um artilheiro com qualidade, que poderia ao menos dar ao português a capacidade de variação tática. E não fazer com que seu time dependesse apenas de dois jogadores velozes, que atuam do lado do campo, improvisados como atacantes.
Primeiro Rony, depois Dudu.
Abel pede esse atleta há mais de seis meses, quando estava certo que Luiz Adriano não conseguia mais render. É uma falha grande, que refletiu no Mundial de Clubes, que o Palmeiras tanto desejava.
O treinador não tinha opção no banco de reservas para mudar seu esquema.
E havia conseguido o mais difícil. E era proposta para tentar fazer o Palmeiras ganhar o Mundial. Cansar o time titular do Chelsea.
Só que entraram em campo os talentosos reservas de Tuchel.
"Nós conseguimos suportar a qualidade individual deles, atacar o adversário, igualando com o jogo coletivo. Mas o jogo foi decidido em um detalhe. Então é dar os parabéns aos meus jogadores. Sou um homem orgulhoso em ser treinador deles. Vamos agradecer nossa torcida por tudo que fizeram. É dar os parabéns ao adversário e seguir em frente."
Abel Ferreira chegou à sua sétima final em 15 meses de trabalho. Ele venceu três decisões (Libertadores de 2020 e 21 e Copa do Brasil de 2020) e perdeu três (Paulista de 2021, Recopa de 2021 e Supercopa do Brasil de 2021). E foi derrotado hoje, no Mundial.
Daqui a 11 dias começará a disputar sua oitava decisão. A Recopa Sul-Americana, que reunirá o Palmeiras, campeão da Libertadores de 2021, contra o Athletico Paranaense, vencedor da Copa Sul-Americana de 2021. A partida será em Curitiba. E o jogo final, dia 2 de março, no Allianz Parque.
O contrato do português vai até o fim de dezembro deste ano.
Seu trabalho já chama a atenção de clubes europeus.
No Palmeiras há o medo de que este seja seu último ano...
Vice-campeonato do Palmeiras amplia jejum de títulos do Brasil no Mundial
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