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Abel Ferreira evita confronto entre Palmeiras e São Paulo por xenofobia de diretor. Treinador ofendido não quer processos

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, ameaçava entrar com processo contra Belmonte. Ele chamou Abel Ferreira de 'português de m...", depois do clássico. Mas árbitro foi duro com o São Paulo na súmula do jogo

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


"Português de m..." O diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, ofendeu Abel Ferreira
"Português de m..." O diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, ofendeu Abel Ferreira Instagram/Carlos Belmonte

São Paulo, Brasil

"Português de m..."

A frase do diretor de futebol, Carlos Belmonte, a Abel Ferreira, ontem, depois do clássico no Morumbi, provocou enorme abalo na parceria entre Leila Pereira e Julio Casares, que brigavam para que Palmeiras e São Paulo conseguissem a melhor quantia dos candidatos a administrarem uma liga do futebol brasileiro.

Abel está muito ofendido.

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O sentimento é de xenofobia.

Se sente atacado por ser português e estar trabalhando no Brasil.

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Está virando uma constante.

Uma ação civil do clube contra o dirigente só aconteceria se Abel Ferreira quisesse.

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Mas ele não quer.

Acredita que tudo aconteceu pelo 'calor' do clássico.

Ele não deseja o desgaste de uma ação na Justiça.

Como fez algumas vezes que foi ofendido.

A direção do Palmeiras está propensa a acertar a situação nos bastidores.

A aliança dos dois na formação da Liga Brasileira de Futebol é fundamental.

Até porque Flamengo e Corinthians, os clubes mais populares do país, estão em sintonia, brigando juntos por seus interesses.

Em compensação, o árbitro Matheus Delgado Candançan não deixou por menos, na sua súmula.

O Tribunal de Justiça Desportiva tem motivos de sobra para punir Rafinha, Wellington Rato, Julio Casares, Carlos Belmonte e o conselheiro Fernando Ambrogi.

"Informo que, ao final da partida, a equipe de arbitragem foi interceptada no túnel que dá acesso aos vestiários dos árbitros por diversos dirigentes e atletas (não relacionados) do São Paulo FC.

Foram proferidas as seguintes palavras pelos dirigentes Fernando Bracalle Ambrogi, Carlos Belmonte Sobrinho e Julio César Casares:

'Safados. Que pênalti foi esse? Sem vergonhas. Filhos da p...

"Vão tomar no ...

"Você não vai ficar em paz.

"Desgraçados.

"O Abel apitou o jogo hoje'.

Foram identificados também os atletas não relacionados para a partida Sr. Márcio Rafael Ferreira de Souza [Rafinha] proferindo as seguintes palavras contra a equipe de arbitragem:

'Vai tomar no ... Como tá um pênalti desses? Safado. Você nunca mais vai apitar aqui'; e o Sr. Wellington Soares da Silva [Wellington Rato] proferindo as seguintes palavras contra a equipe de arbitragem: 'Safado. Vai tomar no ... Filho da p...'.

Informo ainda que foi necessária a intervenção do policiamento local com escudos para retirada das pessoas acima mencionadas"

As reclamações foram pelo pênalti dado de Rafael em Murilo.

E pela não expulsão de Richard Rios, depois de entrada violentíssima, em Pablo Maia.

A promotoria do TJD promete levar a denúncia ao tribunal, contra os dirigentes e jogadores do São Paulo.

Já a postura de Abel Ferreira é mais conciliadora.

E a postura do Palmeiras, divulgando nota oficial contra o ataque de Belmonte, já o satisfez.

A Sociedade Esportiva Palmeiras estuda as medidas legais cabíveis contra o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, flagrado xingando de forma xenófoba o técnico Abel Ferreira após o jogo de ontem, no Morumbis. Não há justificativa para as palavras baixas e preconceituosas escolhidas pelo dirigente são-paulino com o intuito de depreciar um profissional íntegro e vitorioso, que vive no Brasil há mais de três anos.

O Palestra Itália nasceu pelas mãos de imigrantes que resistiram à intolerância para que o clube não morresse. A nossa história foi construída com o amor e a dedicação de jogadores, profissionais e torcedores de diferentes nacionalidades e etnias, sem distinção. Repudiamos, portanto, qualquer tipo de discriminação, quanto mais ofensas que incitem a aversão a estrangeiros.

Não é segredo que o futebol brasileiro atravessa um momento perigoso, com casos cada vez mais frequentes de violência, como o brutal ataque ao ônibus da delegação do Fortaleza, há menos de duas semanas, e a morte de um torcedor em Belo Horizonte (MG), no último sábado (2). Neste cenário complexo e desafiador, cabe a quem comanda o compromisso com a responsabilidade, não com o ódio.

Desse modo, lamentamos também a postura do presidente do São Paulo, Julio Casares, que, em um pronunciamento raivoso na zona mista do estádio, desrespeitou gratuitamente o técnico Abel Ferreira. Trata-se de um comportamento inadequado e incompatível com quem ocupa um cargo de tamanha relevância. O desequilíbrio, a insensatez e a histeria somente potencializam a violência que todos, juntos, deveríamos combater.

"Reiteramos que estamos analisando as medidas judiciais cabíveis para proteger o nosso treinador e o próprio Palmeiras."

A direção do São Paulo já entrou em contato com a cúpula da arbitragem da FPF.

Não quer mais Candançan apitando seus jogos.

O Santos já vetou Edina Alves...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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