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Cosme Rímoli - Blogs

Abel Ferreira e jogadores insistiram para Richard Ríos pedir desculpas. Pediu, depois de mandar a torcida do Palmeiras ‘calar a boca’

Colombiano mandou torcedores do próprio Palmeiras se calarem, depois de marcar o gol contra o Cerro Porteño, na magra vitória por 1 a 0. Gesto agressivo veio das queixas das falhas de Ríos na final contra o Corinthians. Depois de ser vaiado, e prejudicar o time, se desculpou

Cosme Rímoli|Do R7

Richard Ríos encarou a torcida do Palmeiras e a mandou 'calar a boca' Vinicius Nunes/Conteúdo Estadão

Eram 40 minutos do primeiro tempo.

O Palmeiras conseguiu vencer a retranca do Cerro Porteño.

Gol de Richard Ríos, que entrou de surpresa na área paraguaia.

O lance provocou alegria e, em seguida, indignação, raiva.


Porque o autor do gol fez questão de mandar a torcida ‘calar a boca’.

Fez o gesto de colocar o dedo indicador em frente à boca.


E encarou os torcedores.

Foi uma provocação que teve volta imediata.


O Allianz Parque parou de aplaudir, vibrar.

E passou a vaiar o colombiano.

Bastava pegar na bola e vinham vaias, xingamentos.

O último jogador a desafiar a torcida se deu mal.

Breno Lopes mostrou o dedo do meio para os torcedores, na vitória contra o Goiás.

O atacante foi despachado ao Fortaleza, não tinha mais tranquilidade para jogar.

Era cobrado, xingado.

Ouviu o mesmo coro da torcida organizada, que foi Richard Ríos ouviu ontem.

“Ei, Richard Ríos, presta atenção. Muito respeito com a camisa do Verdão”.

E também o mesmo palavrão.

“Ei, Richard Ríos, vá tomar ...”

O futebol do volante de 24 anos decaiu no jogo.

As vaias e os palavrões o atrapalharam, errava lances fáceis, tolos, infantis.

Aos 38 minutos, Abel o substituiu.

E o jogador fez o que o treinador e os companheiros queriam.

Ele pediu desculpas para todo o estádio.

Principalmente no setor reservado para as violentas organizadas do Palmeiras.

Foi uma atitude de autopreservação e que permite que siga no clube.

Ele também deve repetir Breno Lopes e visitar a sede da Mancha (Alvi) Verde, a principal torcida palmeirense.

O ‘cala a boca’ do colombiano roubou a cena da partida que colocou frente a frente Palmeiras e Cerro Porteño, depois das atitudes racistas de torcedores paraguaios ao garoto Luighi, na Copa Libertadores sub-20.

O clube paulista tratou de colocar mais seguranças para a diminuta torcida do Cerro que foi ao Allianz.

E ela foi vigiada.

Qualquer gesto racista, o torcedor seria preso.

A segunda vitória palmeirense no segundo jogo da Libertadores perdeu o brilho.

Até porque o time não jogou mal.

E ainda perdeu Raphael Veiga, com luxação no ombro direito.

“Aconteceu de cabeça quente, o pessoal sabe que não sou assim, não falo nada para a torcida

“Eles levaram para o caminho errado, não quis falar para eles, quis falar para os caras que falam que sou do outro time.

Quero pedir desculpa, todos vieram de longe para apoiar o time. Tenho muito respeito por este clube, vou dar sempre a vida. Sou homem para assumir, o que aconteceu vai ficar para aprendizado para mim e com toda certeza se tiver que pedir desculpas vou pedir de novo. Sou homem para fazer as coisas e para aceitar. Eles nunca fizeram nada errado.”

Richard Ríos, aconselhado por Abel e seus companheiros, pediu desculpas à torcida Cesar Greco/Palmeiras

As palavras desencontradas de Richard Ríos, só deixava transparecer o desconforto do jogador.

“Quando erramos, não há gesto mais nobre que pedir desculpas para da próxima vez vir mais forte. Eu não tinha visto o lance e não entendi porque estavam vaiando nossos jogadores. Me falaram o que foi e foi bom ele pedir desculpas. Nós precisamos muito dos nosso torcedores, que eles vibrem. Foi no campo que ele errou, no campo ele pediu perdão. Nosso torcedor grande como é soube aceitar as desculpas.”

Abel Pereira fez de tudo para amenizar a situação de Richard Ríos.

O empresário do jogador, Gabriel Díaz, segue buscando clube europeu para o meio do ano.

É possível que o torcedor palmeirense esteja vendo as últimas partidas do volante no Palmeiras.

Ainda mais depois dessa tola reação.

O que o jogador fez ontem foi muito tosco.

Nesta temporada não está rendendo nem metade do ano passado.

Não será surpresa se for vendido no meio desta temporada...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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