A pressão chega a Abel Ferreira. Voltará para o céu ou mergulhará no inferno
Não há risco de demissão. Mauricio Galiotte e Leila Pereira querem seguir com o treinador, mesmo que o Palmeiras perca hoje, contra o Atlético. Mas Abel Ferreira já tem questionada sua aura de vencedor
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
No dia 30 de outubro de 2020, Abel Ferreira era anunciado como treinador do Palmeiras.
Desde então, ele conseguiu dois títulos que empolgaram a torcida.
A Libertadores da América e a Copa do Brasil.
Se o título sul-americano foi celebrado de forma empolgada, a participação no Mundial, no Catar, em fevereiro deste ano, foi catastrófica.
A pior da história de um time brasileiro. Perdeu para o Tigres, do México, e Al Ahly, do Egito. Jamais um sul-americano havia terminado em quarto lugar.
Em março, Abel voltou a sorrir, vencendo a Copa do Brasil.
O treinador foi a Portugal no avião particular da dona da Crefisa, Leila Pereira, para descansar.
A lua de mel acabou com os fracassos na Supercopa do Brasil, na Recopa Sul-Americana, no Paulista e na Copa do Brasil. A excelente campanha na Libertadores, com direito à semifinal hoje, em Belo Horizonte, contra o Atlético Mineiro, deveria já ser uma vitória.
Mas... pelo contrário.
Não que ele corra o risco de demissão, se o Palmeiras perder hoje e for eliminado também da Libertadores. Mas seu estilo defensivo vem sendo seriamente contestado por conselheiros que sustentam Mauricio Galiotte no poder. Há decepção com a maneira exagerada pela qual o clube vem atuando desde o Paulista.
Abel, no entanto, tem uma grande defensora.
Leila Pereira não só cedeu seu avião particular para que viajasse a Portugal.
A candidata única à presidência do Palmeiras quer a permanência do treinador. Ela assumirá o cargo em novembro, mas os membros de sua chapa já deixaram vazar que Abel Ferreira seguirá trabalhando no clube quando ela passar a exercer a função. Independentemente dos resultados até lá.
Por um motivo muito simples.
Ele tem o melhor dos escudos. A falta de reforços.

O treinador entregou uma lista de jogadores com quem queria contar para o Brasileiro, para a Libertadores. E eles não vieram. Abel ficou sem ter como oferecer novo repertório tático. E as equipes acabaram aprendendo a enfrentar, travar o Palmeiras.
Evitar as bolas longas, as arrancadas de Raphael Veiga. Os dribles curtos de Dudu. A correria de Rony. O pivô de Luiz Adriano. Os laterais de Marcos Rocha.
Gabriel Menino, Patrick de Paula, Danilo e Verón não se firmaram como parecia que iria acontecer no início do ano.
Gustavo Scarpa também segue instável.
Piquerez chegou e continua mostrando futebol limitado, muito pior do que o de Viña.
O milionário elenco palmeirense acabou não oferecendo opções importantes, com potencial para transformar, revolucionar uma partida. Willian e Deyverson, as principais opções, seguem com atuações modestas.
Abel Ferreira atendeu ao pedido do presidente Mauricio Galiotte e parou de reclamar na imprensa por reforços. Mas tem sofrido todas as consequências pelo fato de esses atletas não chegarem.
Seu time não empolga, as críticas se acumulam. Ele trocou o céu pelo inferno, situação corriqueira na história do Palmeiras.
O treinador aprimorou ontem a marcação, as bolas aéreas, e procurou trabalhar a compactação do time. Na primeira partida, no Allianz Parque, o português já fez sua equipe atuar como pequena, apenas marcando o Atlético, lutando por contragolpes.
Só não perdeu o jogo porque Hulk cobrou pênalti na trave.
A ordem de Abel era para tentar travar o toque de bola, a criatividade atleticana. Nacho Fernandez, Guilherme Arana, Zaracho e Hulk foram as grandes preocupações. E eles foram vigiados, marcados individualmente.
No Mineirão, essa marcação intensa não será mais surpresa para Cuca. Pelo contrário até, ele espera o Palmeiras ainda mais atrás do que na terça-feira passada. Buscando os contragolpes ou mesmo as penalidades decidindo qual time chegará à final.
Na semifinal da Libertadores passada, na Argentina, o Palmeiras venceu por 3 a 0. Na volta, o River Plate ganhou por 2 a 0, no Allianz. E o time chegou à decisão, vencendo o Santos, por 1 a 0, no Maracanã. O técnico rival era Cuca.

Não existe risco de demissão para Abel Ferreira.
Mas há pressão, insatisfação, desconfiança.
O técnico deixou de ser unanimidade.
E, dependendo do resultado no Mineirão, virão as consequências.
A certeza de reestruturação do time em 2022, já sob o comando da presidente Leila.
Ou o renascimento da esperança, com a chegada para a final.
Não há meio-termo para Abel Ferreira.
Ou voltará para o céu ou experimentará o inferno verde...
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