A morte de Diogo Jota. Tragédia que choca o mundo do futebol. Estrela do Liverpool e da Seleção Portuguesa. Perdeu a vida no auge da carreira
Diogo Jota tinha 28 anos. Peça fundamental tanto no Liverpool como de Portugal. Seu irmão mais novo, que estava com ele no carro, André Silva, também morreu. Um dos pneus estourou da sua Lamborghini, que estava em alta velocidade. O carro saiu da pista, explodiu e os dois morreram carbonizados

“Não faz sentido.
“Ainda agora estávamos juntos na Seleção, ainda agora tinhas casado. À tua família, à tua mulher e aos teus filhos, envio os meus sentimentos e desejo-lhes toda a força do mundo.
“Sei que estarás sempre com eles.
“Descansem em Paz, Diogo e André.
“Vamos todos sentir a vossa falta.”
As palavras estupefatas são de Cristiano Ronaldo.
Elas simbolizam o choque do futebol mundial com a chocante morte precoce de uma das maiores revelações de Portugal, nos últimos anos.
Diogo José Teixeira da Silva, conhecido como Diogo Jota, era um atacante de muita movimentação, habilidade e visão de jogo.
Teve uma carreira fulminante.
Há 11 anos estava no pequeno Paços de Ferreira, foi contratado pelo Atlético de Madrid, aos 19 anos, por 7 milhões de euros, cerca de R$ 44,9 milhões.
Não teve chances em Madrid, foi emprestado para o Porto. E também no Wolverhampton, que acreditou no seu futebol e o fez titular.
O rendimento foi excelente.
Acabou comprado por 12 milhões de euros, cerca de R$ 77 milhões. A valorização não parou. Pelo contrário, só aumentou.
A direção do Liverpool teve de enfrentar concorrências de Manchester United e PSG. Mas bancou 40 milhões de euros, cerca de R$ 256 milhões, em 2020.
Ao mesmo tempo, seu sucesso era absoluto na Seleção Portuguesa. Desde 2014 sendo convocado. Passou por todas as categorias de base. Até se tornar essencial ao grupo de Roberto Martínez.

Foi um vencedor.
Ganhou duas Copas das Nações com Portugal. Foi campeão da Premier League, o Campeonato Inglês, da Copa da Inglaterra e bicampeão da Copa da Liga Inglesa.
447 jogos e fez 150 gols, com uma média de praticamente um gol a cada três partidas.
Era um atleta garantido na Seleção Portuguesa na Copa do Mundo.
No Liverpool era um ídolo, a ponto de ainda hoje, dia de sua morte, torcedores fazem campanha para que a camisa 20, que jogava, seja aposentada. Ninguém tenha o direito de usá-la.
Além de ser apaixonado pela Seleção Portuguesa, mantinha o sonho de jogar na Inglaterra. Conseguiu, mesmo não tendo chances do Atlético de Madrid. Tinha muito orgulho de chegar ao futebol britânico.
“É um sonho de criança, porque sempre assisti, desde muito novo, aos jogos que eram transmitidos pela televisão portuguesa. O ambiente e a forma como as equipas teoricamente mais fracas se batiam com as mais fortes sempre me fascinaram e sempre pensei lá chegar.
“Felizmente, não fui por um atalho, fui por um caminho mais longo, mas acho que isso me poderá ajudar no futuro. E cá estou eu a cumprir o sonho da Premier League.”

Com ‘apenas’ 1m78 e franzino, compensava sua falta de força física com muita velocidade e poder de definição.
Ele havia se casado há 11 dias.
Já tinha três filhos.
Diogo Jota estava viajando da Espanha para a Inglaterra de carro. Por um motivo mais que justificável.
Havia feito uma pequena cirurgia nos pulmões e a recomendação médica foi para não pegar avião.
A Polícia Civil Espanhola divulgou que a Lamborghini que o jogador dirigia estava em alta velocidade, daí a violência com que saiu da pista e explodiu.
Ele viajava com o irmão André Jota, também jogador. Atuava no Penafiel.
Ambos tiveram mortes instantâneas.
Morreram carbonizados.
A Seleção Portuguesa e o Liverpool decretaram luto.
Diogo Jota estava no auge da carreira.
Garantido para a Copa do Mundo.
E jogador importante do Liverpool.
Tinha apenas 28 anos.
Uma perda chocante para o futebol mundial...