A maior humilhação de Messi no Barcelona. A última?
Estonteante goleada do Bayern sobre o Barcelona por 8 a 2. Classificação para a semifinal da Champions. Destroçado, time catalão pode perder Messi
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Jamais Messi foi tão humilhado.
Nunca com a camisa do clube catalão teve derrota por tantos gols.
O melhor jogador do mundo não pôde fazer quase nada, diante do sensacional Bayern, de Hans-Dieter Flick.
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Em uma atuação impressionante, mostrando sua força coletiva, venceu o Barcelona por 8 a 2, em Lisboa, no jogo eliminatório das quartas-de-final da Champions League.
Uma das maiores goleadas já sofridas pelo clube catalão, que fará 121 anos em novembro.
"Foi uma partida horrível. A sensação é nefasta. Vergonha é a palavra. Não se pode competir assim, não se pode ir para a Europa assim. É muito duro.
"Espero que sirva para alguma coisa.
"Porque não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez.
"Ninguém é imprescindível, eu estou aqui me oferecendo.
"Se tiver que sair, se tiver que sangrar, eu sou o primeiro a sair e deixar o clube."
O desabafo é de Piquet, um dos líderes do Barcelona.
Em público ele defende a reformulação do time.
O Bayern que já venceu o Campeonato Alemão e a Copa da Alemanha, segue firme na luta pela Tríplice Coroa.
Mostrou, de forma assustadora, porque é o favorito para vencer a Champions de 2019/2020.
Dos 27 jogos que fez no ano, só empatou um.
Venceu os outros 26.
Deu aula de jogo coletivo, com intensidade, ataque e recomposição em bloco, alternância de posição do meio para a frente.
E muita força física, por trás da habilidade. O time alemão se impôs na esmagadora maioria das divididas. A explosão muscular e a velocidade de seus jogadores combinavam com a estratégia ousada, de Flick.
Sufocou, imprensou, marcou o Barcelona como se fosse uma equipe pequena, da Quarta Divisão alemã e não um pentacampeão da Champions.
O Barcelona encerrou uma de suas piores temporadas.
Não conseguiu um título. Nem do Espanhol, da Copa da Espanha e nem da Copa do Rei. Além da Champions.
Desde a temporada 2007/2008 essa situação não acontecia.
O vexame terá consequências.
O clube catalão já procura outro treinador, reforços.
Haverá uma profunda reformulação no elenco.
A principal dúvida é Messi.
Embora tenha contrato até 2021, ele pode deixar o clube.
A Inter de Milão estaria disposta a contratá-lo, de qualquer maneira.
Sua multa rescisória é de 700 milhões de euros, R$ 4,4 bilhões.
O argentino gostaria de seguir o caminho de Cristiano Ronaldo.
E viver novos ares, aos 33 anos.
De nada adiantou Quique Setién entrar com Vidal no lugar de Griezmann, tentar deixar seu time mais protegido.
O Bayern deu uma aula de futebol moderno.
Foi extremamente competitivo, focado, cruel.
Thomaz Müller (duas vezes), Perisic, Gnabry, Kimmich, Lewandowski e Philippe Coutinho (duas vezes), marcaram para o Bayern. Alaba (contra) e Suárez fizeram para o Barcelona.
O time catalão esteve estático, sem poder de reação, diante da avalanche alemã. No primeiro tempo, já saiu perdendo por 4 a 1.
Os ataques em bloco do Bayern eram impressionantes. A troca de passes, infiltrações escancararam a defesa catalã.
Os gols saíram da direita, da esquerda, de tabela no meio da área espanhola.
O repertório do Bayern é impressionante.
Não depende, de verdade, de apenas um jogador.
Apesar de toda badalação no artilheiro Lewandowski, o time todo é fabuloso.
Pela semifinal da Champions, o Bayern enfrentará o vencedor de Manchester City e Lyon, que jogam amanhã.
Enquanto isso, o Barcelona se prepara para sua dolorosa reformulação.
A primeira grande dúvida está no futuro do melhor do mundo.
Se Messi seguirá ou não na Catalunha.
Ele nunca passou tanta vergonha...
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