A Fifa reparará injustiça da Bola de Ouro. Vinicius Júnior será o melhor do mundo, hoje, no Catar. Tapa na cara dos racistas
Entidade corrigirá a votação da France Football, que levou em conta respostas do brasileiro às provocações raciais. A perda sem sentido da Bola de Ouro, depois de atuações fabulosas, para o eficiente Rodri será sepultada. O país volta a ter o melhor do mundo, depois de 17 anos
Um tapa na cara dos racistas.
E dos jornalistas, europeus, que se deixaram levar pela respostas firmes do brasileiro, quando era chamado de ‘macaco’.
Que votaram na eficiência de Rodri, na Seleção da Espanha, fechando, de propósito os olhos ao brasileiro, que fez partidas deslumbrantes, avassaladoras, decisivas, pelo Real Madrid, conquistando a Champions League, no mínimo, tão importante quanto a Eurocopa.
O mundo não aceitou a derrota de Vinicius Júnior na estranha votação da revista France Football.
A premiação da Bola de Ouro foi ridicularizada, com a ausência histórica e proposital do Real Madrid.
O clube não se dobrou à injustiça.
Não foi receber os troféus de melhor time do mundo.
E nem Carlo Ancelotti quis o seu de melhor treinador.
A Fifa, do ‘enxadrista’ Gianni Infantino, preparou a grande reparação da lastimável premiação da publicação francesa.
De forma calculada, deixou vazar algumas horas antes da entrega do prêmio The Best, que o troféu do melhor do mundo tem dono.
Tem a pele negra, nasceu no Brasil, foi disparado o mais talentoso entre todos os jogadores em 2023/2024.
Representa a essência do futebol, com seus dribles mágicos, inesperados, surpreendentes, capazes de romper barreiras táticas defensivas, apenas com a bola nos pés.
Jogando em um time entrosado, com movimentação estudada, sincronizada, definida pelo atual melhor treinador do mundo.
O que recusou a Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti.
Com o italiano, Vinicius Júnior rende tudo o que pode.
Vai erguer o troféu de melhor do mundo, hoje, depois de 17 anos que o último brasileiro fez tal gesto: Kaká.
A preparação da festa acabou sendo perfeita.
Em Doha, no Catar.
Local exato onde está a delegação do Real Madrid.
Chegou ontem, como campeã da Champions.
E vai jogar amanhã pelo título Intercontinental, ou Mundial, como chamamos por aqui, contra o Pachuca, do México, que eliminou o Botafogo.
Mas antes há tempo para sua grande estrela receber o troféu mais esperado.
Vinicius Júnior como melhor do mundo tem vários aspectos.
Primeiro, o moral.
Há pelo menos três anos trava ferrenha luta com os racistas infiltrados nas torcidas organizadas de clubes espanhóis.
E também com a postura conivente de parte da imprensa no país ibérico.
O brasileiro não baixou a cabeça aos gritos de ‘macaco’ vindo das arquibancadas, a cada dancinha comemorando gols que marcou.
Pelo contrário, procura chegar perto dos racistas, dançando, sorrindo, ironizando, enfrentando.
Mostrando que sua cor de pele não é motivo de vergonha.
A mesma cúpula que comanda o futebol da Espanha, que dava guarida ao presidente Luis Rubiales, que beijou, à força, a atacante Jenni Hermoso, insiste em dar punições leves aos clubes. E penas ainda mais leves aos racistas, devidamente identificados.
E também punir Vinicius Júnior nas vezes que não suportou ser humilhado.
Agora, como melhor do mundo, as agressões morais dos racistas terão maior impacto no mundo.
A Espanha será mais questionada.
O que será melhor para o desenvolvimento no país em relação ao racismo, às denúncias de xenofobia.
Para o Real Madrid será a valorização ainda muito maior de seu espetacular atacante.
O valor dos direitos de Vinicius Júnior cresce.
Não só para possíveis transações.
Mas a amistosos que o maior clube do mundo sempre faz antes de começar suas temporadas.
O Santiago Bernabéu, que já vive abarrotado, seguirá ainda mais cheio.
Com seus ingressos ainda mais caros.
As camisas de Vinicius Júnior baterão novos recordes de vendas.
Ter o melhor do mundo é mais um grande argumento para a venda de direito de transmissão.
A escolha também favorece, e muito, a Seleção Brasileira.
Não só no sentido financeiro.
A CBF não dependerá só de Neymar para cobrar sua taxa de 2 milhões de dólares, R$ 12 milhões, quando tem o seu grande talento, que pertence ao Al-Hilal.
Tem agora o melhor do mundo.
E a votação fará que o questionamento sobre o time de Dorival Júnior seja maior.
Se tem o mais talentoso do planeta, a equipe precisa parar de dar vexames.
Montar uma estrutura tática para Vinicius Júnior desenvolva todo seu potencial.
Como acontece no Real Madrid.
A votação no The Best faz jus ao atual mais talentoso do planeta.
Que tem a pele escura, sim.
Mas é o potencial que importa.
O enfrentamento aos racistas é primordial.
Mas em Doha está prevalecendo a justiça.
Vinicius José Paixão de Oliveira Júnior é o melhor jogador mundo.
É brasileiro.
E negro, si señor...
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