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Cosme Rímoli - Blogs

A coragem e a liderança de Filipe Luís. Ele assumiu o erro infantil de Léo Pereira, que deu a vitória ao Atlético contra o Flamengo

Treinador teve atitude de verdadeiro comandante. Ele poderia expor o zagueiro Léo Pereira, que foi displicente, e ofereceu o gol para Cuello. O Atlético venceu o Flamengo no Maracanã, no jogo de ida da Copa do Brasil

Cosme Rímoli|Do R7

Capitão do time. 29 anos. Léo Pereira teve um erro infantil. Deu o gol para Cuello Gilvan de Souza/Flamengo

20 minutos do segundo tempo, ontem, no Maracanã.

A torcida flamenguista era esmagadora maioria, nos quase 64 mil torcedores.

Ela se calou quando Rossi cobrou tirou de meta para Léo Pereira.

O capitão do time recebeu e tocou de forma displicente para Léo Ortiz.


A bola foi fraca demais, erro infantil.

O argentino Cuello se antecipou e aproveitou o presente.


Estufou as redes de Rossi.

O Atlético Mineiro venceu o Flamengo por 1 a 0.


Levou a vantagem para Belo Horizonte, na primeira partida das oitavas da Copa do Brasil.

O time de Cuca pode até empatar na Arena MRV, que ficará com a vaga para as quartas.

Por causa de um erro inadmissível.

Sempre falante, Léo Pereira saiu do estádio sem dar entrevista.

Não precisou.

Filipe Luís assumiu o erro do zagueiro experiente como se fosse seu, como treinador.

“Eu ainda não vi a jogada toda, mas sei como o Atlético pressionava e quais eram as soluções. Essa nossa saída de bola nos deu tanto sucesso, saímos jogando de várias formas diferentes contra várias pressões diferentes, e hoje aconteceu o primeiro erro que gerou gol. Eu peço para meus jogadores fazerem isso, saírem jogando. Sei do risco que existe e foi hoje, infelizmente.

“Não quero que parem de tentar sair jogando, porque acredito o futebol dessa forma, essa é a minha ideia. Nessa saída de pressão foi um passe que o Léo não contava com a presença de um jogador, que era o Cuello. Como eu falei, responsabilidade minha.

“É uma saída de bola que eu peço e treino. Às vezes o risco está aí.”

Realmente, quando o Flamengo sai jogando, com precisão, e seriedade, com seus zagueiros trocando passe, e passa pela primeira linha adversária, a situação fica ótima para seus meio-campistas e atacantes.

A troca de passes remonta ao Barcelona de Guardiola, de 2010.

Cuca sabia muito bem que o Flamengo costuma sair jogando dessa maneira.

Foi assim que o time carioca venceu o mineiro domingo passado, no mesmo Maracanã.

Filipe Luís sabia da forte marcação na saída de bola.

E alertou seus jogadores.

Mas Léo Pereira se distraiu.

Agiu como juvenil, mesmo tendo 29 anos.

“Jogos contra o time do Cuca nunca são fáceis. Muito pelos encaixes individuais e perseguições. Muitas vezes os jogadores não conseguem, acabam forçando o jogo e gerando esses contra-ataques, jogo de ida e volta que não nos interessa. No primeiro tempo, foi um pouco assim.

“Não conseguimos encontrar tantas vantagens no nosso plano de jogo, no qual coloco minha parte de culpa. Mesmo assim, tivemos algumas chances. Me atrevo a dizer até que mais do que no jogo anterior.

“O jogo de hoje foi pior do que o normal na fase defensiva. Isso temos que corrigir e melhorar para o jogo de volta. Está tudo em aberto. No segundo tempo, melhoramos bastante, conseguimos criar essas chances e desmontar um pouco a defesa deles para poder chegar na área”, disse o treinador flamenguista.

O argentino Cuello aproveitou falha bizarra de Léo Pereira. Atlético venceu no Maracanã Pedro Souza/Atlético

Filipe Luis fez as estreias de Emerson Royal, Saúl e Samuel Lino. O atacante, ex-Atlético de Madrid, foi o melhor deles e chegou a fazer um gol, anulado por estar centímetros à frente.

O Flamengo não tem a Copa do Brasil como prioridade, assumiu Filipe Luís. Mas quer a reviravolta em Belo Horizonte.

“Brasileiro e Libertadores são prioridades, mas entrei para ganhar. Da mesma forma que no jogo do Ceará eu vou preparado para vencer com as peças que penso que sejam as melhores. Claro que na volta vamos para tentar reverter. Na minha opinião está totalmente aberto. Sabemos que é difícil jogar no estádio do adversário, mas da mesma forma que eles venceram aqui, nós podemos vencer lá.”

A partida de ontem foi uma lição.

Sem seriedade, concentração de todos os defensores, a saída de bola trocando passes é um prêmio para os adversários.

O Atlético tem muito a agradecer a Léo Pereira...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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