Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Cosme Rímoli - Blogs

A cena é deprimente. Mas, calma. Não há santos nessa história

Mulher e criança foram expulsas do setor reservado aos colorados. Absurdo? Sim. Mas, antes, a gremista dançou, provocou os torcedores rivais

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Esta é a consequência de uma infantil, tola provocação
Esta é a consequência de uma infantil, tola provocação

São Paulo, Brasil

A cena dominou o desinteressante Grenal.

No maçante 1 a 1, entre os reservas, uma mulher e um menino roubaram a cena.

Um vídeo que correu o Brasil mostrou.


Eles estavam no lugar reservado à torcedores colorados.

Quando surge um trio.


Outra mulher, com dois homens forte, barbados.

Todos com a camisa do Internacional.


Começam a hostilizar a outra torcedora. Ela é xingada e empurrada pela colorada, que quer tomar uma camisa do Grêmio, que levava nas mãos.

A criança chora, desesperada.

Mais torcedores colorados chegam, cercando a gremista.

Inclusive um, com uma surreal máscara de macaco.

Até que um funcionário do Internacional aparece.

Pega a camisa do Grêmio e faz a mulher e a criança, que ainda chora, assustada, sair daquele local. 

Cena revoltante.

Domina programas de futebol após o jogo.

Os torcedores colorados são crucificados.

O jogador Éverton Cebolinha se apieda. E trata de convocar esse menino. Ele quer entregar uma camisa sua e tirar fotos com o garoto.

Gesto nobre.

Não há justificativa para os empurrões, a camisa tomada, os palavrões, o desprezo pelo desespero do menino.

Mas será que mulher com a camisa do Grêmio não tem culpa alguma?

Outro vídeo que foi publicado pelo jornal O Sul é surpreendente.

Ele mostra a origem da confuão. 

A mulher, que está no setor reservado a torcedores do Internacional, dança, mostra a camisa do Grêmio, provoca torcedores colorados que estão na arquibancada de cima. 

O menino tem outra camisa nas mãos. E a bate nas cadeiras vermelhas do estádio.

Se os torcedores de cima não podem fazer nada, a não ser xingar, os do lado reagem.

É aí que surge o trio colorado.

Com a mulher e os dois homens fortes barbados.

E acontece toda a confusão do primeiro vídeo.

Triste, cruel, mas não há santos nesta história.

Não em 2019.

Não há lugar para a provocação gratuita, desnecessária e perigosa da mulher com a camisa do Grêmio.

Infelizmente a sociedade mudou.

Se tornou violenta, provocações são respondidas da pior forma possíveis em estádios, nas ruas, nas estações de metrô, onde for.

Faltou senso de realidade para a mulher gremista.

Ela se expôs e, pior, expôs a criança que estava com ela.

Provocação boba, infantil.

No olho do furacão.

O que aconteceria se uma colorada com uma criança resolvessem fazer o mesmo, na arena do rival, em um setor reservado para gremistas?

Não há justificativa para a agressão, para os empurrões.

Cabem até processo.

Mas a frieza da vida atual aponta.

Não há santos nessa história...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.