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Se Neymar não se recuperar, o Brasil terá um líder tímido

Philippe Coutinho despreza os holofotes. Se Neymar não se recuperar para enfrentar a Costa Rica, a Seleção perderá talento. Ganhará objetividade

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Sem Neymar, o Brasil terá Philippe Coutinho como sua principal estrela
Sem Neymar, o Brasil terá Philippe Coutinho como sua principal estrela Sem Neymar, o Brasil terá Philippe Coutinho como sua principal estrela

Sochi, Rússia

Os jogadores que dão entrevista no Brasil são sempre designados anteriormente. Escolhidos pela assessoria de imprensa. O escolhido assim que começou o treino de hoje foi anunciado. Philippe Coutinho. Afinal, foi quem se salvou no jogo contra a Suíça, marcando um golaço.

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Só que ninguém imaginava o que aconteceria com Neymar. A sua contusão que o deixa como dúvida contra a Costa Rica, na sexta-feira. Partida que se tornou fundamental para o futuro do Brasil. 

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E, sem o maior o camisa 10 do PSG, o protagonista passa a ser exatamente o meia do Barcelona. 

Aí entra um jogador completamente inverso. Atleta tímido, retraído, que detesta estar no centro da atenção. Está acostumado, desde que começou sua carreira a ser coadjuvante.

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Neymar sai mancando de treino da seleção

A ideia de passar a ser a referência, a grande esperança da Seleção não é algo que o estimule. Muito pelo contrário. 

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"Eu me sinto muito melhor dentro do campo do que aqui, dando entrevista. Espero que não tenha acontecio nada demais com o Neymar", disse, hoje em entrevista coletiva.

Ele estava especialmente desconfortável falando.

Mas se Neymar não atuar, no gramado será o melhor possível para Phillipe Coutinho. Ele teria toda a liberdade para atuar do lado esquerdo, onde mais rende. E que não pode jogar pela presença de Neymar. Entrado, por exemplo, Renato Augusto como meia.

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Com Philippe Coutinho e sem o maior talento brasileiro, o Brasil fica menos brilhante. Porém ganha em objetividade. Tite provou isso nas vitórias contra a Rússia e Alemanha, amistosos antes da última convocação.

E tem tudo para ser o 'ritmista' que Tite garantia que faria bem para a Seleção. Até porque o técnico avisou que o Brasil ficou ansioso, afobado para ganhar a partida contra a Suíça. E que precisa controlar os nervos na sexta-feira. Philippe tem essa qualidade.

Por incrível que pareça possa parecer, pode ser até bom para o Brasil.

"O professor falou pra gente no vestiário que a gente poderia ter virado mais o jogo. A gente pega a bola e já quer atacar, quer fazer o gol, criar as jogadas. É esse equilíbrio que ele fala, girar mais a bola para entrar no tempo certo", disse o meia, confirmando o que os gráficos apontaram. O Brasil exagerou pelo lado esquerdo. Procurou desproporcionalmente por Neymar e Marcelo.

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Ele não quis assumir a responsabilidade sozinho.

"A responsabilidade é de quem está na posição. Minha, Casemiro, Paulinho. Paulinho está mais para o outro lado, mas essa função é nossa, de quem vem mais de trás. De repente, faltou girar mais, usar mais nosso lado direito, que é muito forte. Com certeza, a gente vai ajeitar isso para o próximo jogo", garante.

Coutinho, se for mesmo para campo sem Neymar, não terá uma preocupação a mais.

"Não gosto de falar sobre mim mesmo. Não é uma coisa que eu tenho na cabeça. O que tenho é sempre me preparar, aprender, evoluir. Sobre ser melhor do mundo, deixo para as pessoas de fora, porque não gosto muito de falar sobre mim", avisa.

Ou seja, sem Neymar, o Brasil terá um protagonista talentoso, mas absolutamente tímiddo. E que prioriza completamente o desempenho do time. E não só o seu. Como muitas vezes Neymar faz...

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