Liberação do Barcelona tirou o foco de Paulinho da Copa
O volante não esperava que o clube catalão aceitasse sua volta para a China. Não era o que o volante brasileiro desejava. Seu rendimento despencou
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
Moscou, Rússia
Como se fosse depois de um tsunami, as causas da eliminação da Seleção Brasileira da Copa da Rússia, aparecem. Entre elas está o fraquíssimo futebol do seu jogador de confiança de de Tite e que ressuscitou com a camisa verde e amarela. Ele estava esquecido depois do 7 a 1 diante da Alemanha. Dunga o havia deixado de lado.
Só que Tite sabia o que ele poderia fazer. Exercer quatro funções táticas na mesma partida. E que tanto o ajudou no Corinthians. Paulinho.
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Ele fez ótimas Eliminatórias. Chegou à Rússia cotado para ser um dos melhores jogadorfes da Seleção no Mundial.
Mas grande parte da empolgação passou ao chegar a Sochi, sede do Brasil na Rússia. Ele teve uma péssima notícia pelo seu empresário, Giuliano Bertolucci. O treinador do Barcelona, Ernesto Valverde, decidiu abrir mão do jogador. Decidiu que seu lugar seria ocupado pelo jovem volante Arthur, comprado do Grêmio.
O baque foi enorme. Um dos maiores orgulhos da carreeira de Paulinho era vestir a camisa do Barcelona. Mas em um ano na Catalunha, ele não conseguiu se firmar. Não foi o volante versátil que Valverde esperava. Tanto que nas últimas partidas, o técnico decidiu colocá-lo na ponta direita. Onde, óbvio, o brasileiro não rendeu. Pelo contrário, se mostrou completamente dispensável.
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Bertolucci sabia que os Guangzhou Evergrande quando vendeu o volante para o Barcelona tinha uma exigência. Queria a prioridade se caso, a equipe catalã optasse por colocar à venda o jogador. E os chineses fizeram valer seu privilégio.
Passou a ganhar mais dinheiro, mas o volante sabia. O retorno à China era um retrocesso na carreira Ele havia feito história ao ser comprado do Barcelona de um time da China. E retrocedia. Aos 29 anos, na reta final de sua vida profissional internacional.
E Paulinho fez uma Copa do Mundo fraquíssima, para o seu potencial. Acabou substituído por Tite nos cinco jogos que a Seleção fez em território russo. Ele estava irritadiço, tenso. Ningém entendia o motivo. A não ser Tite. Foi impossível não misturar o problema do clube com o selecionado.
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Paulinho não teve força psicológica para jogar a Copa do Mundo frustrado. Para piorar, os jornais catalães descobriram que ele foi despachado do Barcelona. Foi capa de jornais e portais como um atleta que o Barcelona se livrou.
Após a vitória da Bélgica e a eliminação do Brasil, Paulinho teve de admitir. Sabia que suas chances de disputar a próxima Copa, em 2022, é menos do que remota. Terá 33 anos, provavelmente sem o vigor para desempanhar as quatro funções táticas que Tite e muitos treinadores enxergam no seu futebol. Marcar, sair com a bola dominsada, articular e ainda fazer gols.
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"Eu sinceramente acho que é muito difícil que eu dispute o Mundial do Catar. A grande chance de ser campeão foi agora, em 2018. Nós fizemos tudo o que poderíamos. Eu tentei dar o meu melhor, mas sei que não consegui render. É possível que aconteça uma reformulação na Seleção. Tenho consciência disso", disse, resignado.
Paulinho ganhará mais dinheiro voltando à China.
Mas sabe.
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