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Cosme Rimoli Copa 2018

A aposta mais alta de Tite: mostrar que o Brasil veio para ganhar a Copa

Tite não teve saída. Decidiu colocar o Brasil marcando sob pressão a Costa Rica. E para dar uma resposta ao mundo, que duvida da seleção

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Tite fará marcação sob pressão na Costa Rica
Tite fará marcação sob pressão na Costa Rica

São Petersburgo, Rússia

Mal terminou o sorteio dos grupos da Copa do Mundo, pelo planejamento da Seleção, havia uma partida cuja vitória é obrigatória. Se suíços e sérvios despertavam preocupação, o mesmo não se aplicava aos costarriquenhos. O jogo de hoje, às 9h (horário de Brasília), aqui em São Petersburgo, era o considerado de menor risco. Por Tite e por toda sua Comissão Técnica.

Mas as circunstâncias mudaram. O empate na estreia contra a Suíça e a vitória da Sérvia diante da Costa Rica, eram resultados normais. Mas, como tanto valoriza Tite, a preocupação ficou no desempenho da Seleção.

Diante da expectativa de que o time havia provocado nas Eliminatórias e nos amistosos, a imprensa nacional e internacional esperavam uma equipe totalmente diferente da que jogou em Rostov.


Tite e seus jogadores foram criticados. E toda a confiança, a euforia se transformou rapidamente em tensão. Foi quando o treinador e o time se mostraram o que são. Novatos em Copa do Mundo. 

Desde então os treinamentos passaram a ser fechados. Escondidos, tramaram o plano tático de uma equipe grande que enfrentará uma pequena.


O plano tático de Tite terá o Brasil marcando sob pressão, tentado resolver a partida o mas rápido que puder. O técnico já percebeu que o seus atletas se enervam rapidamente. Ele mesmo se deixou levar pela tensão da estreia. E cada minuto da partida de hoje se tornou fundamental.

A saída foi fazer o Brasil treinar marcar sob pressão, a saída de bola da Costa Rica. Tite sabe que precisa do gol o mais rápido possivel. Daí a necessidade dos fechar a concentração. Para a imprensa não alertar o adversario. O Brasil vai jogar como Brasil.


A equipe pressionando desde o tiro de meta. Ele quer compactação, personalidade. Com a seleção encurralando a Costa Rica. Com Fágner e Marcelo abertos como pontas, obrigando a defesa a se abrir. E também exige que seu time atue tanto pela direita como pela esquerda. De maneira equilibrada, vibrante. Triangulações entre Neymar e Marcelo se repetirão. Mas a de Fágner e William prometem ser a grande novidade.

Neymar precisara também jogar mais pelo time. Evitando o egoísmo. Até para evitar se machucar. Prendendo a bola ele acabou tomando dez faltas violentas. Ele não conseguiu nem treinar na terça-feira, por tanta dor que sentia.

Philippe Coutinho, Gabriel Jesus e Willian também foram cobrados. Para que fossem mais efetivos. Procurassem o gol. E não servir Neymar a cada contragolpe.

Tite espera a Costa Rica fechada, com linha de cinco zagueiros, quatro na intermediaria e um só atacante. E apostando suas fichas na bola parada. Nos escanteios e faltas laterais, com a bola levantada para a área brasileira. Problema que o treinador brasileiro não conseguiu resolver de vez.

Nao há como esconder. E nem Tite fez questão. Pelo contrário, até. Foi direto com seus jogadores. Hoje a partida precisa ser encarada com a concentração de uma final. O Brasil não poderá nem sonhar em não vencer.

Por isso Tite aposta na pressão total, algo que não gosta.

Mas não há outra saída.

O futebol brasileiro não precisa só de desempenho.

Chegou a hora do resultado...

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