João Fonseca salta como foguete e leva o tênis brasileiro a novos patamares
Veja como foi o desempenho de João Fonseca na temporada de 2025

E aí chegou dezembro. O ano passou rapidamente, a gente nem se deu conta, a temporada de tênis praticamente se encerrou… mas o que 2025 representou para os tenistas do Brasil? Sem nenhum juízo de valor, ou estabelecer quem foi melhor e quem foi pior, o blog preparou um balanço, com foco nos tenistas números 1 do país em simples masculino e feminino, e nas duplas.
Começamos pelo principal nome da nova geração do tênis verde-e-amarelo. João Fonseca, ainda com 19 anos, teve uma temporada tão vitoriosa que subiu como um foguete no ranking da ATP. Títulos e desempenhos marcantes levaram o carioca do número 145, no fim de 2024, ao número 24 um ano depois.
Títulos e desempenho
João abriu o ano de 2025 vencendo o Challenger 125 de Camberra, na Austrália. Em seguida, furou o quali do Australian Open, e, na sua primeira partida em um Grand Slam, amassou Andrey Rublev, na época top 10 do ranking. Eliminado na segunda rodada, ali já deixava claro que não vinha para brincadeiras.
Em fevereiro, levantou o título do ATP 250 de Buenos Aires, vencendo um tenista da casa, Francisco Cerúndolo, na final.
Ainda no primeiro trimestre, boa campanha no Masters 1000 de Miami e o título do Challenger 175 de Phoenix, também nos Estados Unidos.
Na gira de saibro e grama, entre abril e julho, não vieram títulos, e João viveu uma certa instabilidade, que, no entanto, não impediu bons desempenhos em Roland Garros e Wimbledon: nos dois atingiu a 3a rodada.
Laver Cup
Em setembro, convocado pelo time Mundo para a disputa da Laver Cup, João se tornou o mais jovem tenista a participar da competição. Jogou apenas uma partida, e venceu o italiano Flavio Cobolli em sets diretos, ajudando a equipe a derrotar o time Europa por 14 a 10. Na época, foi chamado de “o sorriso do time Mundo.”
Mas foi o título no ATP 500 da Basiléia, Suíça, em outubro, que sacramentou a ascensão meteórica de João no ranking. Na final, derrotou o espanhol Alejandro Davidovich Fokina (14º) em sets diretos e se tornou o primeiro tenista brasileiro a vencer um torneio deste nível desde Gustavo Kuerten em 2003.
Resumo
João Fonseca ainda precisa aperfeiçoar seu jogo em quadras rápidas indoor e na grama. E muito, porque este ano, como top 30, terá que disputar pelo menos 8 dos 9 Masters 1000 e 5 ATPs 500. Dureza.
Mas não há como negar que a temporada 2025 foi excepcional e histórica, não só pelos 3 títulos e a participação na Laver Cup. Mas, principalmente, pelo amadurecimento nos aspectos físico, técnico e mental. O que antes era pressa e afobação para fechar games e sets se transformou em calma e paciência, esperando o melhor momento para definir os pontos.
Em tempo
João encerrou antes do previsto a temporada, mas ainda tem uma partida de exibição, no próximo dia 8, contra o espanhol Carlos Alcaraz, número 1 do ranking, em Miami.

O Miami Invitational, que vai acontecer no estádio do Miami Marlins, time de beisebol da cidade, terá 3 partidas: além de Fonseca e Alcaraz, um confronto de simples entre Jessica Pegula e Amanda Anisimova, e um de duplas mistas, reunindo Pegula e Alcaraz contra Anisimova e Fonseca.
