Flamengo marca reunião para discutir demissão de Sampaoli

Era para ser um domingo de paz e comemoração no Flamengo. Afinal, o clube venceu o Atlético-MG de virada por 2 a 1 em Belo Horizonte, pulou para a vice-liderança do Brasileirão, só perdeu uma das últimas 21 partidas, está quase na final da Copa do Brasil e vivo na Libertadores. Mas o soco dado pelo preparador físico Pablo Fernández na boca do atacante Pedro criou um clima péssimo no Flamengo. Com pelo menos uma demissão já confirmada.

Pablo Fernández será dispensado por justa causa pelo Flamengo. O elenco rubro-negro já avisou aos dirigentes que não treinará mais enquanto o auxiliar de Jorge Sampaoli seguir no clube. Uma reunião ainda neste domingo deve definir se Sampaoli também será desligado.

Apesar dos resultados em campo, o treinador queimou seu filme com os atletas porque não saiu em defesa de Pedro. Para piorar, ainda concedeu entrevista coletiva pós-jogo como se nada tivesse acontecido.

Sampaoli e Pablo Fernández já havim colecionado outros problemas com o grupo - a reclamação sempre foi pela intransigência e grosseria no trato com os demais. A confusão mais recente começou durante o 2º tempo do jogo com o Galo, na noite deste sábado. Depois da quarta e penúltima substituição promovida por Sampaoli, Pedro decidiu parar de se aquecer e voltou ao banco. Pablo Fernández, que comandava o trabalho com os reservas, ficou furioso com o comportamento do centroavante e o cobrou no fim da partida, no vestiário.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado por Pedro em Belo Horizonte, Pablo foi tirar satisfação enquanto Pedro usava o celular. O argentino, então, deu três tapas na cara do centroavante, que usou suas mãos para impedi-lo. Em seguida, Pablo acertou um soco na boca e no lado direito do rosto de Pedro, que preferiu não reagir.

O atacante deixou o estádio Independência acompanhado de Thiago Maia, Everton Cebolinha e o zagueiro Pablo com destino a uma delegacia de polícia, onde foi registrado boletim de ocorrência. Já Pablo Fernández também esteve na delegacia, mas permaneceu o tempo inteiro calado. Neste domingo, ele se manifestou pelas redes sociais pedindo desculpas.

Sampaoli também se manifestou pelo Instagram. Não condenou seu auxiliar, nem saiu em defesa de Pedro. Apenas afirmou que é contra a violência como solução de qualquer problema no futebol. E agora a palavra final será do presidente Rodolfo Landim, que está nos Estados Unidos para um período de férias com a família.