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Blog do Nicola

SAF da Portuguesa negociada por R$ 1,5 bilhão?

Conselheiros da Lusa apresentam carta de intenções de um fundo inglês disposto a gastar R$ 600 milhões com o clube e R$ 900 milhões em patrimônio

Blog do Nicola|Jorge NicolaOpens in new window

Projeto capitaneado por um fundo inglês prevê reforma do Canindé, construção de um hotel, dois edifícios comerciais, além do clube vertical

A compra da SAF da Portuguesa pode valer mais do que os negócios que envolveram Cruzeiro, Botafogo, Vasco, Bahia e Atlético-MG. Pelo menos é o que garante um grupo de conselheiros da Lusa que apresentou nos últimos dias a carta de intenções de um fundo inglês, com dinheiro árabe, disposto a investir aproximadamente R$ 1,5 bilhão em um prazo de 30 anos.

O acordo, ainda em fase embrionária, foi apresentado pelo ex-deputado federal Vicente Cândido, e seria escorado em três pilares: devolver o time à Série A do Brasileiro, quitar todas as dívidas da Portuguesa e explorar o terreno onde hoje se encontram o estádio do Canindé e a sede social rubro-verde.

O documento apresentado prevê a primeira parcela US$ 25 milhões ou R$ 136 milhões após a assinatura do contrato, a segunda parcela de US$ 50 milhões ou R$ 272 milhões para a quitação das dívidas, e um último pagamento de US$ 25 milhões para investimentos no futebol, nas categorias de base e em outros esportes.

Os outros R$ 900 milhões do fundo viriam com a parte imobiliária. O Canindé, por exemplo, seria transformado em uma arena para 36 mil torcedores em dias de jogos e 43 mil pessoas em eventos. Ao lado do estádio, dois edifícios comerciais, um prédio para a parte social destinada a atividades esportivas, além de 4.800 vagas de estacionamento, além de um hotel.


Uma das formas de garantir o retorno financeiro seria a venda dos naming rights dos espaços criados. De acordo com conselheiros lusitanos envolvidos no projeto, seria possível arrecadar pelo menos R$ 1 bilhão com tal iniciativa.

Importante contar que a Lusa cederia apenas 50% da SAF para o parceiro e manteria a gestão do futebol, apesar da necessidade de profissionalização total do departamento.


Porém, antes de avançar, os responsáveis pelo fundo inglês fizeram três exigências: a entrega do balanço financeiro de 2023, que havia sido reprovado pelo Conselho Deliberativo da Lusa; um plano comercial para os próximos cinco anos; além de um documento detalhado com todas as dívidas do clube. Os custos do business plan e do levantamento das pendências têm sido custeados por conselheiros da própria Portuguesa alheios à diretoria.

Desconfiança interna: As cifras astronômicas apresentadas na carta de intenções do fundo inglês são vistas com enorme desconfiança por integrantes da atual diretoria rubro-verde. Existe, inclusive, a suspeita que tal projeto surgiu apenas para inviabilizar a venda da SAF que estava em estágio avançado para o Grupo Águia.


As negociações com o empresário Wagner Abrahão, dono do Grupo Águia, vinham sendo conduzidas pelo presidente Antônio Carlos Castanheira. Restava apenas a aprovação do COF (Conselho de Orientação Fiscal). A venda da SAF seria feita em paralelo a um projeto imobiliário de transformação do Canindé em uma moderna arena multiuso, com o respaldo de Paulo Remy, responsável direto pelo acordo entre Palmeiras e Wtorre na década passada.

O Grupo Águia exigia exclusividade de 60 dias para dar continuidade às negociações. Diante da nova oferta, o COF decidiu por descartar um acerto com Wagner Abrahão. Pelo menos neste momento.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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