MP aceita denúncia e pede à Justiça que Augusto e seus diretores devolvam R$ 40 milhões ao Corinthians
Presidente afastado do Timão será julgado em um tribunal por furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro

Excelente notícia para o Corinthians: o Ministério Público de São Paulo vai cobrar, via Justiça, que o clube seja ressarcido em R$ 40 milhões por Augusto Melo e os demais envolvidos no Caso Vaidebet. O blog teve acesso à denúncia entregue nas últimas horas pelo MP, concordando com o indiciamento do presidente afastado por furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O ex-diretor administrativo Marcelo Mariano, o ex-superintendente de marketing, Sergio Moura, e Alex Cassundé, apontado como falso intermediário do acordo entre Corinthians e Vaidebet, também foram indiciados, em investigação que havia sido iniciada pelo delegado Tiago Fernando Correia.
Agora a 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital tem dez dias para analisar se recebe ou não a denúncia. Recebendo, tem início o processo penal, que pode levar Augusto para a cadeia. Apenas pelo crime de furto qualificado, a pena pode chegar a oito anos.
Na denúncia, de 43 páginas, chama atenção o trecho que trata sobre a devolução de R$ 40 milhões ao Corinthians. “Toda trama criminosa aqui narrada gerou um prejuízo que ultrapassa R$ 40 milhões. Para tanto, soma-se os valores subtraídos com o valor da rescisão com a antiga patrocinadora”, diz o item 10.
No 11.2, a parte sobre a indenização: "Requer-se que os denunciados sejam condenados ao pagamento a título de indenização à agremiação vítima no valor mínimo de R$ 40 milhões, nos termos do art. 387, inciso IV, do CPP."
Tem mais: o MP pede o sequestro de bens e valores de uma série de empresas e CPFs, incluindo o de Augusto Melo, até os R$ 40 milhões sejam alcançados.
Entenda o caso: Como um de seus primeiros atos como presidente, Augusto Melo fechou o maior contrato de patrocínio da história do futebol brasileiro. O acordo com a Vaidebet, assinado em janeiro de 2024, previa o pagamento de R$ 370 milhões ao longo de três anos.
Porém, o que seria uma baita notícia virou caso de polícia quando descobriram que Augusto, Marcelo Mariano e Sergio Moura indicaram Alex Cassundé para receber uma comissão de R$ 25 milhões apesar de não ter participado da intermediação. A investigação policial comprovou que R$ 1 milhão que saiu das contas do Corinthians foi parar em uma empresa associada a uma facção criminosa chamada Primeiro Comando da Capital.
Antes mesmo do fim das investigações, preocupada com sua imagem, a Vaidebet exigiu o rompimento do contrato.
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