Mau pagador, Textor corre o risco de perder o Botafogo e ficar sem clube
Empresário norte-americano já perdeu o controle do Lyon; antigos sócios o querem fora também do Botafogo
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O sucesso esportivo do Botafogo sob o comando de John Textor contrasta com o caos financeiro dos clubes administrados pelo empresário norte-americano - incluindo o próprio Botafogo. E a fama de mau pagador pode fazer com que ele termine o ano sem qualquer time para chamar de seu.
O império de Textor começou a ruir em junho, com a venda das ações do Crystal Palace. Nos últimos dias, ele foi expulso do controle do Lyon depois que o time quase foi rebaixado para a segunda divisão francesa por causa de uma série de irregularidades financeiras.
Mas esse não foi o único motivo. Michele Kang e o fundo Ares Manegment também o excluíram do comando da Eagle Football Group porque o americano não pagou pelo empréstimo que tomou para comprar o time francês. Segundo a imprensa francesa, a dívida com o Ares chega a R$ 2,8 bilhões.
O Molenbeek, da Bélgica, segue sob sua tutela em meio a uma chuva de críticas. O time foi rebaixado para a segunda divisão e não conseguiu retornar na temporada recém-terminada. Para piorar, Textor decidiu mudar as cores e o escudo da equipe, revoltando torcida, imprensa e opinião pública.
Agora, há a chance real de Textor perder o Botafogo. Ele precisa recomprar o clube da Eagle para voltar a ser o mandatário. Sem dinheiro, Textor recorreu ao amigo Evangelos Marinakis, com quem o americano já tem uma série de pendências. O acordo entre as partes prevê que o Botafogo fique para o magnata grego se Textor não devolver o dinheiro.
Ainda assim, Michele Kang e os representantes do Ares farão o possível para não negociar com Textor. A decisão, inclusive, já foi comunicada ao empresário. Há agora o receio de que Textor possa desvalorizar artificialmente o clube para tentar recomprá-lo por um preço mais baixo em breve.
Importante: Textor também tem dado calotes no futebol brasileiro. Pelo menos seis empresários com quem o blog conversou garantem que não têm recebido comissões por acordos fechados com o Botafogo por compras de atletas. O Santos reclama do não pagamento de R$ 14 milhões das vendas de Jair e John.
Já o São Paulo cogitou recorrer à Fifa por entender que foi lesado no repasse de Lucas Perri do Botafogo ao Lyon. O valor anunciado pelo negócio na época foi de apenas 3,25 milhões de euros, muito abaixo do que se imaginava. Vale lembrar que o Tricolor tinha direito a uma fatia do negócio.
E há uma série de outros negócios controversos. Textor comprou Jair do Santos no início do ano por 12 milhões de euros, além do repasse de Tiquinho. Meses depois, apesar da valorização do zagueiro, titular absoluto na Copa do Mundo de Clubes, ele acabou negociado com o Nottingham Forest, de Marinakis, por 12 milhões de euros. Ou seja, com prejuízo para o Botafogo.
O jornal L’Équipe fez uma série de denúncias sobre a gestão do americano no Lyon. Entre outras, afirmou que a equipe francesa contava com um elenco de 30 atletas, mas pagava salário a 54 jogadores na última temporada. A publicação sustenta que parte do prejuízo financeiro do Botafogo era absorvido pelo Lyon. Em outras palavras, o Lyon teria financiado o projeto esportivo do Botafogo.
As dívidas do time francês ultrapassam os 175 milhões de euros. Em paralelo, o Botafogo ainda não divulgou seu balanço financeiro de 2024, descumprindo o prazo estabelecido pela Lei Geral do Esporte, que obriga a publicação ate 30 de abril do ano seguinte.
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