Consultoria estuda recuperação judicial para o Corinthians
Ernst & Young entende que as dívidas alvinegras, de R$ 2 bilhões, e a falta de pessoas capacitadas na gestão recomendam uma RJ
Contratada em janeiro pelo presidente Augusto Melo para fazer um levantamento sobre a situação do Corinthians e apresentar soluções, a Ernst & Young cogita uma sugestão radical: a recuperação judicial. Trata-se do remédio mais pesado previsto no mercado para empresas/clubes endividados.
O blog apurou que essa alternativa, inclusive, já foi debatida nas reuniões semanais da diretoria do Corinthians com os executivos da E&Y. A consultora, uma das mais respeitadas do mundo, também recomendou a contratação de um CEO.
As soluções têm duas explicações: a enorme dificuldade financeira do Corinthians, com dívidas na casa dos R$ 2 bilhões (incluindo a Neo Química Arena), e a falta de capacidade técnica dos atuais gestores para uma gestão profissional.
A chegada de um CEO, porém, pode ser ignorada por Augusto Melo. Marcelo Mariano, diretor administrativo, e Sérgio Moura, diretor de marketing, são as principais vozes contrárias no Parque São Jorge. E a dupla, que costuma se meter em outras áreas, tem enorme participação nas decisões do presidente.
O que é a recuperação judicial?
A RJ, no jargão do mercado, é um procedimento que tem por objetivo evitar que a empresa quebre quando está em crise financeira. Além de socorrer os sócios, esse instrumento visa proteger funcionários, fornecedores, prestadores de serviço, clientes, torcedores...
Na prática, a recuperação judicial procura viabilizar um acordo entre a empresa devedora e seus credores com enormes descontos, que podem chegar a até 90%. Porém, vale lembrar, essa é a mais radical das soluções e pode decretar a falência em caso de não cumprimento dos acordos.
A SAF do Cruzeiro optou pela recuperação judicial, enquanto Vasco e Botafogo caminharam para o RCE (Regime Centralizado de Execuções). Há ainda a REJ (Recuperação Extra-judicial).
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