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Chefão de mercado no Corinthians é contestado até internamente 

Thiago Gasparino foi contratado por Augusto Melo para cuidar dos reforços, mas sofre com péssimo momento do Timão

Blog do Nicola|Do R7 e Jorge Nicola

Gasparino trabalhava no Valladolid, time de Ronaldo na 2ª divisão espanhola
Gasparino trabalhava no Valladolid, time de Ronaldo na 2ª divisão espanhola Arquivo pessoal

Ao perder para o Santos na Vila Belmiro por 1 a 0, o Corinthians conheceu sua quinta derrota consecutiva em 2024. Penúltimo colocado e na zona do rebaixamento do Paulistão, o Timão igualou sua pior sequência de resultdos desde 2007, ano em que caiu no Campeonato Brasileiro. Em meio à crise interna, já há dentro do próprio clube quem conteste o trabalho de Thiago Gasparino, contratado pelo presidente Augusto Melo para chefiar as contratações.

Nenhum atleta chega ao Parque São Jorge hoje sem o aval do analista de mercado alvinegro. O desempenho fraco da maioria dos reforços e a falta de currículo de Gasparino são dois pontos que incomodam. "Ele só havia passado por times pequenos. E foi demitido no Remo e no Novorizontino recentemente", ressalta uma fonte alvinegra.

Chefe de captação em Athletico e Coritiba, Gasparino ganhou maior revelância em suas passagens por Inter de Limeira, Novorizontino, Remo e Valladolid. Augusto Melo o descobriu quando visitou o Barcelona, no ano passado. A seus pares, o presidente costuma dizer que Gasparino foi indicado por gente importante do Barça.

O problema é que o Corinthians gastou muito, contratou pouco e faz campanha tenebrosa, à frente apenas do Santo André - em caso de vitória nesta noite, o Ramalhão jogaria o Timão para a lanterna do Paulistão após seis rodadas. 


Sob o comando de Gasparino, o Corinthians comprou Rodrigo Garro por US$ 7 milhões (R$ 34,8 milhões), Felix Torres por US$ 6,5 milhões (R$ 32,4 milhões), Pedro Raul por US$ 5 milhões (R$ 24,9 milhões), Matheuzinho por 4 milhões de euros fixos e 1 milhão de euros em bônus (total de R$ 26,8 milhões) e Raniele por 2,5 milhões de euros (R$ 13,4 milhões).

Gustavo Henrique e Palacios chegaram sem custos. Já Hugo havia sido contratado pela antiga administração, enquanto o reempréstimo de Maycon custou 500 mil euros ou R$ 2,6 milhões. Ou seja, o investimento já é de R$ 129,5 milhões, um dos maiores do país em 2024.

O Santos, que também passou por enorme reformulação após o rebaixamento para a Série B, gastou menos de 10% do que o Corinthians e soma 15 pontos em 18 possíveis no Paulistão, com a primeira colocação na classificação geral.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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