Posição fetal em acidente aéreo pode salvar vidas, explica especialista

Você presta atenção nas instruções de emergência e segurança dos comissários de bordo?

Na tragédia que deixou 71 mortos na Colômbia, o comissário boliviano Erwin Tumiri sobreviveu à queda do voo ao seguir os protocolos de segurança. As declarações estão no jornal boliviano La Razón Digital.

— Muitos subiram nos bancos e começaram a gritar. Eu coloquei as malas entre as minhas pernas para formar a posição fetal, que é recomendada em acidentes.

O pânico atrapalha, como diz o piloto brasileiro Paulo Licati. Com 30 anos de aviação, ele conta que já viu gente gritando em desespero por muito menos em voo.

O especialista lembra que a segurança é um dos pilares da aviação e os protocolos foram profundamente estudados para serem seguidos. O fato de ninguém ligar para as instruções ainda é um problema é cultural.

— O passageiro não presta atenção nas instruções. O cara da última poltrona quer sair antes que o da primeira.

Piloto há 17 anos, o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Rodrigo Spader, explica que a posição fetal, com a cabeça no meio do joelho, ajuda a diminuir o impacto na coluna cervical, em caso de uma desaceleração. Por isso, pode salvar a vida do passageiro.

— Saber onde estão as saídas de emergência também ajuda. Tem gente que até conta quantas fileiras de poltronas existem até a saída, para que, no caso de não ter visibilidade, conseguir sair do avião.

Todos os procedimentos devem ser seguidos. Spalder lembra também de passageiros acompanhados de crianças, que devem colocar a máscara primeiro neles, depois no pequeno.

— Os passos são importantes pois a mãe pode ficar insconsciente, se colocar a máscara primeiro na criança. Daí, em uma situação de emergência, ela não vai conseguir ajudar o menor.

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