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PGR pede depoimento de Magno Malta ao STF a respeito de falas sobre Vini Junior

'Cadê os defensores da causa animal, que não defendem o macaco? O macaco está exposto', disse o senador

Esportes|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Malta fez comentários sobre o caso no Senado
Malta fez comentários sobre o caso no Senado

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar o depoimento do senador Magno Malta (PL-ES) sobre as supostas ofensas do senador Magno Malta (PL-ES) ao jogador de futebol Vinícius Jr., do Real Madrid, que foi vítima de racismo na Espanha no último domingo (21).

Na terça-feira (23), o parlamentar atacou veículos de comunicação que repercutiam o caso de racismo contra o jogador. "Cadê os defensores da causa animal, que não defendem o macaco? O macaco está exposto. Veja quanta hipocrisia. E o macaco é inteligente, é bem pertinho do homem, a única diferença é o rabo", disse o parlamentar.

O senador fez o discurso em uma reunião da Comissão de Assuntos Econômicos. "Se fosse um jogador negro, eu entraria em campo com uma leitoinha branca nos braços. Falava assim: 'Olha como não tenho nada contra branco. Eu ainda como se tiver'", afirmou.

Inicialmente, a assessoria de imprensa da PGR afirmou que havia um pedido de abertura de inquérito. Entretanto, de acordo com o documento ao qual o R7 teve acesso, a procuradoria afirmou que após o depoimento de Malta poderia avaliar um eventual pedido de inquérito. 


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Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a repudiar os casos de racismo contra o atleta e afirmou que seu governo vai adotar políticas de estímulo à promoção da igualdade racial.

“Não vamos tolerar racismo nem contra brasileiros nem contra africanos no Brasil. Por isso, repudiamos com veemência os ataques racistas que o jogador Vinícius Jr. e tantos outros atletas vêm sofrendo reiteradamente. Podemos honrar nossa herança africana fazendo da promoção da igualdade racial um eixo contínuo, ligando políticas nacionais à atuação internacional do país”, disse o presidente.


No domingo, o jogador se pronunciou pela primeira vez sobre os ataques racistas que tem sofrido. Em uma postagem nas redes sociais, ele falou contra a LaLiga, a federação reguladora do futebol espanhol.

"Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na LaLiga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas. Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui", escreveu.

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