(Reuters) - O Comitê Olímpico Internacional (COI) está revisando seu orçamento e prioridades devido à pandemia e ao adiamento dos Jogos de Tóquio 2020, disse o presidente Thomas Bach na quarta-feira, com os ajustes necessários para atender à nova realidade.
Ao pedir em uma carta aberta por um “debate abrangente” para moldar o esporte em um mundo pós-coronavírus, o dirigente alemão propôs uma consulta ampla sobre os futuros desafios e possibilidades.
Bach disse que o movimento olímpico como um todo pode "ter que olhar mais de perto a proliferação de eventos esportivos".
"A pressão financeira sobre todas as partes interessadas, incluindo comitês olímpicos nacionais, federações internacionais e comitês organizadores, pode exigir mais consolidação a esse respeito."
Bach confirmou que a decisão de adiar os Jogos de Tóquio para o próximo ano significa que o COI terá de arcar com várias centenas de milhões de dólares em custos.
O Japão gastou quase 13 bilhões de dólares nos preparativos.
"Também precisamos analisar e revisar todos os serviços que prestamos para os Jogos adiados", declarou Bach, acrescentando que todos terão que fazer sacrifícios e compromissos.
Ele afirmou ser muito cedo para dizer como será o futuro, mas que "provavelmente nenhum de nós será capaz de sustentar todas as iniciativas ou eventos que planejamos antes da crise”.
"Todos precisaremos examinar atentamente o escopo de algumas de nossas atividades e fazer os ajustes necessários às novas realidades", completou.
(Reportagem de Alan Baldwin)