O Ministério Público de Minas Gerais recomendou à Federação Mineira de Futebol que as torcidas organizadas do Cruzeiro, Máfia Azul e Pavilhão Independente, sejam banidas de todos os estádios do país por um ano.
No pedido, o órgão menciona também que os integrantes sejam proibidos de permanecer próximos aos locais de jogos usando roupas ou objetos relacionados às duas torcidas.
De acordo com a promotora Vanessa Fusco, responsável pelo caso, o órgão investiga as duas agremiações desde que os conflitos entre elas começaram. Ela afirma que a orientação dada à Federação foi feita após uma série de tentativas de conciliação entre as torcidas.
— O Ministério Público tentou fazer um acordo de conciliação com as agremiações, que não respeitaram. As agremiações já haviam sido suspensas por 30 dias, mas os tumultos continuaram.
A recomendação foi feita de acordo com o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com base do Estatuto do Torcedor. A Federação Mineira de Futebol não precisa, necessariamente, atender ao pedido do MP.
Operação Voz da Arquibancada
A medida de suspender as duas torcidas foi requisitada após a operação Voz da Arquibancada, que cumpriu 16 mandados de prisão contra membros da Máfia Azul e da Pavilhão Independente nesta terça-feira (17). As investigações apontam para crimes de associação criminosa, lesão corporal, tentativa de homicídio, dano ao patrimônio, provocação de tumultos e ameaças.
Até o início da tarde, oito pessoas já foram presas e, as demais, são consideradas foragidas.
A operação foi feita em parceria entre as Polícias Civil e Militar e o MPMG. A ação conta com o apoio de quatro delegados, 110 investigadores, 40 policiais militares e dois promotores de Justiça.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Lucas Pavanelli
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