Quem se beneficia com a ausência da Rússia nas Olimpíadas de Tóquio
Desde de Atlanta 1996, quando a Rússia voltou a competir sozinha, o País sempre está entre os quatro primeiros no quadro de medalhas
Olimpíadas|Do R7

Na última segunda-feira (9) a Agência Mundial de Antidoping (Wada) baniu a Rússia do esporte nos próximos quatro anos. Se confirmada essa decisão o quadro de medalhas de Tóquio 2020 certamente vai sofrer uma grande mudança.
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Desde as Olimpíadas de Atlanta, em 1996, primeira edição em que a Rússia voltou a competir individualmente após o fim da União Soviética, o país europeu esteve entre as quatro nações com mais medalhas.
Nas edições de 96 e 2000 (Sidney) ficou em segundo lugar. Nos jogos de 2004 (Atenas) e 2008 (Pequim), em terceiro; e em 2012 (Londres) e 2016 (Rio de Janeiro), em quarto, mas no Brasil as delegações de atletismo e levantamento de peso foram proibidas de competir pela revelação de esquema de doping generalizado, com a participação inclusive do governo.

Levando em consideração os principais campeonatos mundiais que aconteceram em 2019, Estados Unidos, China, Grã-Bretanha e Japão podem ser os mais beneficiados com a ausência dos europeus.
No mundial de ginástica artística, a Rússia ficou em segundo lugar no quadro de medalhas, com três ouros, três pratas e três bronzes, o que significou uma medalha a mais que os Estados Unidos, mas o maior número de ouros garantiu a liderança norte-americana.
Quando o assunto é a ginástica rítmica, o domínio do país é ainda maior. Das nove modalidades disputadas no Mundial deste ano, a Rússia ficou oito ouros. O Japão foi o único país que quebrou essa hegemonia, com o primeiro lugar na prova de conjunto de bolas.
Nesse caso, Israel pode ser um dos beneficiados em Tóquio 2020. Já que só a ginasta Linoy Ashram ficou com três pratas e um bronze, além de o país ter conquistado o segundo lugar no geral por equipes.
No torneio de esportes aquáticos, os russos ficaram em terceiro no quadro de medalhas, atrás de China e Estados Unidos. No total foram 30 medalhas, sendo 12 ouros.
Na competição continental de Atletismo, outra modalidade em que os russos têm tradição, o país está banido pela Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) desde 2016.

Na história das Olimpíadas, a luta é o esporte que mais garantiu pódios aos russos. Com 56 medalhas (30 ouros, 11 pratas e 15 bronzes) são considerados a principal potência no wrestling. Na competição mundial desse ano, a história se repetiu e os europeus conquistaram primeiro lugar no quadro de medalhas, com nove ouros, cinco pratas e cinco bronzes. Os Estados Unidos vieram logo atrás.
Os grandes favorecidos na luta poderiam ser países da antiga União Soviética, como Georgia e Azerbaijão.
O que muda para o Brasil?
Para a delegação do Brasil, a ausência da Rússia pode ser positiva no vôlei de quadra. Mesmo os brasileiros sendo uma potência na modalidade, russos e russas já atrapalharam o sonho nacional algumas vezes.
O Judô também é uma modalidade que a ausência russa, pode trazer medalhas para o Brasil. No último mundial, os dois países brigaram por posições e os europeus ficaram na frente, com três pratas e três bronzes. Os brasileiros conquistaram três terceiros lugares.

Recurso russo
A Rússia tem até o fim do mês de dezembro para recorrer da decisão da Wada junto à Corte Arbitral do Esporte (CAS). Na opinião de Vladimir Putin, presidente da Rússia, as punições deveriam ser individuais.
“Qualquer punição deve ter ligação com o que foi feito por uma pessoa ou outra. Uma punição não pode ser coletiva e não pode ser aplicada a pessoas que não tem qualquer relação com as violações das regras”, declarou o presidente.
Dirigente da Rusada (Agência Antidopagem Russa) não acredita na liberação do país. "Não há nenhuma hipótese de ganhar diante de um tribunal. É uma tragédia para os esportistas honestos. Eles estão com seus direitos limitados", afirmou Iouri Ganous, presidente da agência.
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