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Nuzman é retrato de dirigentes que se perpetuam no poder

Presidente do COB há 22 anos foi preso nesta quinta-feira (5) pela PF

Olimpíadas|André Avelar e Dado Abreu, do R7

Nuzman chega à sede da Polícia Federal no Rio
Nuzman chega à sede da Polícia Federal no Rio Fábio Motta / Estadão Conteúdo

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (5) o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, em desdobramento da Operação Unfair Play, que investiga a suspeita de compra de votos na eleição que escolheu o Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, informou a PF.

Nuzman, que foi preso em sua casa em um bairro de luxo do Rio, teria atuado "direta e ativamente em negociação espúria" para que membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) escolhessem a cidade brasileira, de acordo com o juiz Marcelo Bretas no despacho em que decretou a prisão do dirigente.

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Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o presidente do COB há 22 anos teve crescimento "exponencial" de seu patrimônio em 457% entre 2006 e 2016. Apenas em 2014, o patrimônio de Nuzman dobrou, com um acréscimo de R$ 4,2 milhões. Os bens incluem 16 barras de ouro, depositadas em um cofre na Suíça, de acordo com denúncia dos procuradores federais à Justiça.

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