Durante torneio no Rio, tenista ucraniano pede pelo fim da violência em seu país
Mesmo com crise, o tenista não irá desistir do torneio no Brasil
Olimpíadas|Do R7

A alegria do ucraniano Alexandr Dolgopolov com a classificação para as semifinais do Rio Open de tênis, obtida nesta sexta-feira (21), com uma contundente vitória sobre o italiano Fabio Fognini, 14º colocado do ranking mundial e terceiro cabeça de chave, contrasta com a tristeza pela situação na capital de seu país.
A onda de protestos em Kiev contra o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, deixou dezenas de mortos nesta semana. De longe, Dolgopolov disse estar acompanhando tudo consternado.
— Isso é triste. Pessoas morrendo no seu país, conflitos... Estou acompanhando os noticiários, meu amigos mandam notícias, e estou sempre informado sobre isso. Obviamente, isso não é bom. Não sou político, mas não há quem esteja certo. O que importa é que há pessoas morrendo. O que posso fazer é as pessoas se sentirem bem com minhas vitórias, mas obviamente quero que isso tudo acabe o mais rápido possível e que pessoas parem de morrer.
No entanto, Dogolpolov rechaçou a possibilidade de abandonar o Rio Open, uma medida parecida com a adotada por compatriotas durante os Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, na Rússia.
— Essa foi uma decisão deles, uma decisão individual, mas não acho que seja necessário chegar a esse ponto. Da minha parte, não há muito o que eu possa fazer lá, posso apenas torcer para que isso acabe rápido. Acho que não vai mudar alguma coisa se eu parar de jogar. Eu estaria próximo a eles, mas não considero essa possibilidade no momento.
O ucraniano entra em quadra neste sábado (22), às 17h, para enfrentar o espanhol David Ferrer, número 4 do mundo. O vencedor disputa a final no domingo (23).